Quem nós dizemos que Ele é? (Mt 4:1-11; 8:23-27; Mc 6:31-44). Os filmes de super-heróis são os mais populares e de maior bilheteria. As pessoas sempre gostaram de assistir a personagens sobre-humanos realizarem proezas incríveis. Ao longo dos anos, no entanto, personagens aparentemente perfeitos começaram a ser retratados como mais humanos, com lutas pessoais e desafios internos. Os heróis de hoje podem ser capazes de pular de um arranha-céu em um único salto, mas seus dramas pessoais os mantêm com os pés no chão.
Os líderes religiosos dos dias de Jesus insistiam em dizer que Ele era meramente um homem. Posteriormente, a heresia do Docetismo propôs que Jesus somente parecia humano, mas não tinha um corpo humano de verdade. Outros ensinos sugerem que Jesus era originalmente apenas humano, mas em algum ponto de Sua trajetória misturou-Se com o divino. Ainda outros ensinos veem Jesus simplesmente como um ser humano excepcional.
O Jesus das Escrituras, no entanto, é completamente o Filho do Homem e o Filho de Deus. Ele experimentou fome (Mt 4:2), apesar de ter poder para multiplicar comida (Mc 6:31-44). Ele experimentou dor e agonia (Mt 26:37), no entanto, acalmou a tempestade com meras palavras (Mt 8:23-37).
Filho do Homem (Mt 8:16, 17; 13:53-58; Fp 2:5-8). Os cristãos têm gastado tantos séculos filosofando sobre Jesus, que frequentemente O colocam em um pedestal que nega Seu lado humano – o lado que O conecta conosco. Mas a Bíblia registra cuidadosamente as qualidades humanas de Jesus. Mateus 8:16, 17 parafraseia Isaías 53:4 para enfatizar a empatia de Cristo com relação às nossas lutas e aflições. Em Filipenses 2:6-8, Paulo escreveu que, “embora sendo Deus, [Jesus] não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-Se; mas esvaziou-Se a Si mesmo, vindo a ser Servo, tornando-Se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-Se a Si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”
A compreensão de Jesus de nossas experiências humanas estende-se até mesmo a nossa batalha contra o pecado. “Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, mas sim Alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4:15, 16).
Filho de Deus (Mc 8:27-30; 15:33-39). Por três décadas, Jesus viveu quase que totalmente anônimo. No entanto, quando começou Seu ministério público, apenas Sua presença era suficiente para provocar uma reação nas pessoas. Foram vários os fatores que levaram pessoas a reconhecer a divindade de Jesus: Seu controle sobre a natureza (Mt 14:32, 33); Seu conhecimento da vida particular das pessoas (Jo 1:48); a própria reação da Terra ao Seu sacrifício (Mt 27:54) e assim por diante. Para aqueles que estavam em sintonia com o Espírito Santo, a divindade de Jesus era evidente. Embora hoje muitos reconheçam Seu poder, recusam-se a reconhecer Sua autoridade. Quando Jesus garantiu ao paralítico que os pecados dele estavam perdoados, os líderes religiosos empalideceram diante dessa suposta blasfêmia. Jesus leu os corações deles e demonstrou Sua divindade ao não apenas curar a paralisia do homem, mas também perdoá-lo de seus pecados (Lc 5:17-25).
A missão de Jesus (Mt 20:28; Jo 10:11). A pergunta de Jesus aos Seus discípulos, “Quem vocês dizem que Eu sou?”, fala alto sobre Seu plano de ação. Apesar de Ele ter realizado milagres e passado muito tempo ensinando em público, não saiu anunciando Sua divindade nem incentivando uma “adoração ao herói”. Ele não usou em Sua capa um grande “M”, para “Messias”. Quando Pedro O identificou como o Messias, Jesus pediu aos Seus discípulos que mantivessem aquela informação em sigilo. Passo a passo, Ele revelou Sua verdadeira missão, primeiramente aos mais próximos dEle e, então, no Calvário, para o mundo inteiro.
Jesus proclamou que Ele “não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20:28). Ele declarou de Si mesmo: “Eu sou o bom Pastor. O bom Pastor dá a Sua vida pelas ovelhas” (Jo 10:11). Para a maioria de Seus seguidores, esses conceitos simplesmente não foram considerados. Quando Pedro ouviu Jesus dizer que Ele precisava sofrer e morrer, chamou-O em particular e Lhe disse: “Nunca!” A resposta memorável de Jesus para as desvairadas palavras de Pedro foi: “Para trás de Mim, Satanás!” (Mt 16:22, 23).
O diabo sabia que a missão abnegada de Jesus significava a destruição dele. O princípio fundamental de Satanás é viver para si. Apesar de possuir todo o poder que nós poderíamos desejar, Jesus colocou tudo de lado para nos salvar da perdição eterna.
Mãos à Bíblia
Não há registro de alguma declaração pública de Jesus dizendo: “Eu Sou Deus” ou “Eu Sou o Messias”. Se Ele tivesse feito isso, Sua vida poderia ter sido tomada imediatamente. Por isso, Ele preferiu dar a entender Sua natureza divina e, indiretamente, levou Seus ouvintes a conhecer Sua divindade. Como vimos ontem, Jesus fez muitas referências ao Seu relacionamento especial com o Pai. Esse foi um dos métodos que Ele usou para revelar Sua divindade. Muitos entenderam claramente que, quando Ele disse que Deus é Seu Pai, Ele estava fazendo-Se igual a Deus (Jo 5:18).
3. Leia Lucas 5:17-26. De que maneira muito poderosa Jesus revelou Sua divindade, sem dizer isso abertamente?
Agora, Pense Nisto:
– Quais aspectos do caráter de Jesus são mais significativos pra você?
– Quais temas com relação a Cristo você acha que são mais controversos hoje em nossa cultura? E em sua igreja? Por quê? Como combater isso?
Tompaul Wheeler | Nashville, Tennessee, EUA
—- Quer entender mais da Lição?—-
Comentário Jovem -> http://www.comentariojovem.com.br
Escola no ar – > http://www.escolanoar.org.br/Novo/jovens_pt
Deixe um comentário