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A Segunda milha

 

 

Quando o Império romano através de Pompeu tomou a Palestina no ano 63 a.C.

uma das medidas humilhantes imposta foi a lei dos mil passos.

 

Esta lei conferia a qualquer legionário de César o direito de exigir de um judeu o ato de

carregar seu equipamento militar ou bagagem pelo percurso de uma milha romana, que media

mil passos, cerca de 1.478 metros, quase um quilômetro e meio.

 

Sob o escaldante sol da Palestina e a poeirante estrada, não importava se o judeu estivesse

resolvendo algo de seu extremo interesse, urgente ou não, a pedido de um soldado romano,o

judeu tinha que obedecê-lo.

 

Pode-se imaginar as murmurações que acompanhavam esta marcha forçada, e quão vivos

na memótia do israelita estava o número de passos de um milha. Por essa e outras, o orgulho

judeu odiava o dominador romano. O Libertador era aguardado com ansiedade.

 

No calor do ressentimento, em aparente contra-senso, surge um estranho Galileu dizendo:

“Se alguém te obrigar a andar um milha, vai com ele duas.” (Mateus 5:41).

 

A primeira milha é compulsória. Representa a obrigação. A segunda é voluntária, simboliza

a oportunidade. Muitos passam pela vida realizando apenas o indispensável. Não encontram

força para romper os limites da primeira milha e desarmar a opressão. Deixar de ser vexame e

tornar-se senhor.

 

O viajente da primeira milha está sempre a exigir seus direitos, a queixar-se. Na segunda

milha o carregador de fardos aproveita oportunidades, oferece ajuda, pois mostra superioridade

e encontra razão de ser.

 

A profunda lição ensinada por Jesus sai das fronteiras da Judéia e alcança seus servos hoje.

Diz o salmista:”Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.” (Salmos 51:12)

 

 

Extraído de: “De Jovem para Jovem” – do Ministério Jovem do Sudeste do Brasil

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