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Fases de Desenvolvimento Espiritual

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Por Berndt D. Wolter D.Min.

Peck descobriu que as pessoas se movem por quatro fases em sua jornada espiritual. Apenas como base para os raciocínios a seguir: Anomia, legalista, decepção e maturidade.

1) Anomia: fase em que a pessoa não quer saber de Deus ou tem uma percepção vaga ou modística de Deus e da religião. O centro de sua vida continua sendo o EU. Qualquer coisa que possa cooperar para a satisfação deste EU, pode ser aceita, mas não toca e nem transforma o EU.

Ao andar sem a Luz em sua vida (cf. Sl. 119:105) tropeça na vida machucando a si mesmo e a outros. A culpa e o pecado vão se acumulando prejudicando o bom funcionamento das engrenagens da vida e dos relacionamentos. Certo cansaço vai se acumulando pelo caos que vai se estabelecendo pelo rastro de feridas deixadas atrás de si. Aqui pode começar uma transição.

Caixa de texto: Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo. AA, 9.O pecador percebe que tem algo de errado, mas não sabe o que é, e na maioria dos casos nem quer saber. Até que Deus, por meio daquela constante e persistente ação misteriosa que obra em nosso ser alcança o coração e fornece uma perspectiva. Em um momento quase como de parto, em um choque entre o desespero e a esperança, Deus se revela e aquilo que antes não fazia sentido agora se torna o mais profundo desejo do coração. A boa semente caiu em solo bom.

2) Fase Legalista: A pessoa se rende a Deus e inicia sua jornada com Deus, num relacionamento pessoal, bem como com Sua igreja – instrumento utilizado para desenvolver os cristãos em sua caminhada espiritual.

A pessoa reconhece pelo estudo da Bíblia que foi criada por Deus e apenas funciona bem se submeter-se às leis para as quais foi criada. O cansaço de uma vida sem a ordem de Deus havia se manifestado com tamanha fúria e intensidade que o descanso em Deus parece o início da própria eternidade e do céu. As leis e mandamentos do Senhor são inscritas em seu coração e passam a ser o seu prazer.

Este contraste gritante tende a conduzir o converso por expectativas irreais a respeito da natureza da igreja e do poder do pecado sobre o ser humano. Quando bem preparados entendem a luta entre a natureza espiritual e a natureza carnal em seu coração, mas tende a ficar num nível teórico. A percepção da realidade cristã se dá apenas por meio da experiência guiada e calibrada pela Palavra. Aqui inicia uma nova transição.

3) Fase da Decepção: Ao passar o tempo e experiências vão sendo feitas novas percepções entram em vigor. Irmãos são observados e depois das primeiras experiências com Deus, uma pergunta começa a dirigir a vida do crente: “como é a vida de um cristão que vive há muito tempo com Deus?” ou outra: “deixa eu ver o efeito de viver a vida cristã na vida de alguém que anda com Cristo há mais tempo… Será que eu quero isto para minha vida?”

A decepção está aguardando. A trombada entre expectativas elevadas e a dura realidade da falibilidade humana é inevitável. Não poucas vezes esta experiência capota a fé de novos crentes.

Pouco a pouco vai observando os defeitos dos irmãos, de líderes, da igreja e se a pessoa tem uma visão um pouco mais ampla vê os defeitos da organização como um todo. Como se isto não bastasse, se o crente for honesto consigo mesmo e não deixar se ofuscar pelo perfeccionismo, vê suas próprias lutas e derrotas, e o castelo de sonhos cai. A ilusão dá lugar ao real, a expectativa dá lugar ao fatual.

Nesta fase o crente se torna ácido, os seus olhos parece que se abrem para o defeito. Alguns passam a não enxergar mais nada a não ser os defeitos. Não demora muito a atitude de impotência para mudar o sistema, bem como a crítica se instalam minando as forças espirituais que sustentavam a vida. As disciplinas espirituais são negligenciadas.

É nesta fase que alguns querem controlar e supervisionar para terem a percepção que as coisas não estão fora de rumo – como se o seu rumo fosse melhor do que o rumo que outros dão… Outros desistem de lutar nesta fase, quando percebem as sucessivas derrotas que sofrem.

Há uma tendência de se estagnar nesta fase que é cognominada de fase da areia movediça. Muitos que caem nesta fase perdem o vigor espiritual e se permanecem na igreja, ficam ali como membros e desistem de progredir em seu discipulado.

Por ser uma fase na qual o crente não é cooperativo com a igreja, tende a se tornar desagradável e acontece com pessoas que já estão um bom tempo na igreja muitos negligenciam e ou descriminam, deixando-o marginalizado. O tecido social da igreja não está preparado para pessoas assim e muitas vezes este tecido é preparado para não aceitar a influência “deste tipo de gente”.

A situação piora por que o próprio crente que passa por esta fase e a torna visível para outros (não esquecendo que todos passam por esta fase e nem todos a tornam visível) se tornam céticos e cínicos e têm dificuldades de aceitar ajuda.

Num pragmatismo doentio que se implantou em meio ao cristianismo “você é ou não é” algo, ninguém p

ermite o desenvolvimento de um processo. Tanto por parte da igreja como por parte do crente que passa por esta fase há desconfianças. “A igreja não muda” diz o crente decepcionado. “Ninguém consegue mudar alguém!” diz a igreja.

É mandatória nesta fase a atenção pastoral, aproximação pessoal, baixar armas dos dois lados e trazer o indivíduo para dentro da rede de afeto e atenção da igreja novamente, explicando-lhe a fase pela qual está passando e que há possibilidades e necessidade de crescimento.

É necessário ajuda para entrar na próxima fase de transição.

4) Fase da Maturidade: Aqui o crente já passou pelas fases mais difíceis e começa a desfrutar com equilíbrio e grandeza a sua vida com Deus.

Nesta fase o cristão sabe que as coisas não são perfeitas, também não tenta usar a lei como ferramenta para arrumar o que está errado, não precisa mais criticar, pois percebe a falibilidade de tudo inclusive de si mesmo, aprende a se importar com as pessoas e com Deus em sua vida.

É a fase do serviço maduro. O crente sabe servir e entende que faz bem para as três partes: Deus, a si mesmo e ao próximo (cf. artigos complementares: Relacionamentos Marcados pelo Amor). É a fase na qual conhece os seus dons e sabe utilizá-los.

Suporta a falibilidade humana em suas diversas manifestações (incluindo a crítica daqueles a quem está ajudando). Não é que este crente não se fira ou reaja fortemente aos abusos que sofre ao tentar servir, pelo contrário, sabe se impor e colocar limites mesmo estando ferido.

Ele aprende a ver a imagem maior. Com os olhos fixos no grande conflito entre o bem e o mal e a volta de Jesus tem motivos e motivação suficientes para seguir avante em seu serviço a Deus e ao próximo. Não precisa de reconhecimento e muito menos aplauso. Sabe lidar com a crítica e com o elogio sem perder a sua comunhão íntima com Deus e com a sua igreja.

De forma nenhuma esta fase deve ser confundida com a fase de um “super-cristão”, pois ainda e sempre está sujeito à queda e ao retrocesso

Fenômeno Cíclico:

Parece que na experiência cristã não existe a linha de chegada. Aquele que está em pé, cuide para que não caia, como diz Paulo (cf. 1 Co. 10:12). O processo de santificação antes parece nos levar em forma espiral por estas fases de maneira circunstancial (cf. figura abaixo). Aqueles que são mais proativos, estarão menos sujeitos aos solavancos e guinadas na sucessão destas fases em repetição helicoidal.

Os altos e baixos não perdoam ninguém. As recaídas naqueles pontos que já vencemos em Cristo parece ser nosso quinhão.

Quando pensamos que estamos intocáveis pelas fases já vencidas, Deus providencia experiências por meio das quais temos que renovadamente aprender a lidar com estas “fases já vencidas”.

Parece que todos temos que chegar à conclusão à qual Paulo foi conduzido em sua experiência: “a minha graça te basta, por que o poder se aperfeiçoa na fraqueza!” (cf. 2 Co. 12:9).

Há pastores que desanimam com a constante luta que não quer cessar. Novamente evoco Paulo: “estou plenamente certo, de que Aquele que em vós começou a boa obra há de concluí-la até o dia de Cristo Jesus…” (cf. Fl. 1:6).

Não ouse desistir jamais, pois quando nosso Senhor chegar haveremos de ouvir as palavras: “servo bom e fiel…” (cf. Mt.25:21) e haveremos de falar como Paulo: “combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé…” (cf. 2 Ti. 4:7).

Avanço ou estacionamento:

Segundo uma estimativa de Jon Dybdall[1] entre 35 e 40% dos membros da IASD estão estagnados na fase 2 e outros 40% na fase 3. Apenas uns 20 a 25% conseguem alcançar a fase de maturidade.

Caixa de texto: É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. CBV, 143.

Segundo esta estimativa, boa parte da igreja estacionou em alguma fase do desenvolvimento. É como se alguém estacionasse na adolescência, como diz a psicologia: fixação na adolescência ou fixação na fase oral…

Como podemos avançar para a última pregação vigorosa do evangelho com esta bagagem? Como acelerar o passo desta enorme embarcação, quando aproximadamente 80% da tripulação está doente e incapacitada de trabalhar?

Um ministério como o de Jesus seria necessário. Ele gastou mais tempo curando do que pregando e muito mais tempo ainda capacitando. Vinte e quatro horas por dia ele investiu nos seus discípulos capacitando-os para que fizessem parte do trabalho e delegassem outra parte para outros discípulos, que eles por sua vez capacitariam, fazerem. Nosso ministério pastoral precisa mudar de marcha e de direção.


[1] Dybdall, Jon. Spiritual Formation. Anotações de sala de aulas no programa de D.Min. da Andrews para pastores da Divisão Trans-Européia no Newbold College em Julho de 2002.

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