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A força do Exemplo

Ser mãe não é missão fácil de ser desempenhada. Requer muita paciência, amor, dedicação, tato, habilidade e, acima de tudo, humildade para reconhecer falhas cometidas e aprender aos pés de Cristo. Falhamos, sim, muitas vezes. Em outras muitas vezes, demonstramos impaciência e irritação.

Lembro-me bem de um episódio que aconteceu quando meus filhos, Thiago e Álisson, ainda eram crianças. Residíamos em Patos, interior da Paraíba, onde meu esposo servia como pastor. Sempre fazíamos o culto, regularmente, pela manhã e à tarde. Nesses momentos, costumávamos estudar a lição da Escola Sabatina com eles, tendo o cuidado de ensinar o verso áureo dê cada semana.

Em determinada ocasião, ao findar a semana, pedi que o .pequeno Álisson recitasse o verso e, ele não conseguiu fazê-lo. Aproveitei a oportunidade para chamar a atenção dele:

– Filho, já estamos no fim da semana, e em todos esses dias estudamos a lição pela manhã e à

tarde. Você ainda não conseguiu memorizar o verso? Que está acontecendo?

Naquele instante, o menino olhou para mim e, com um jeito peralta, desafiou: – Mamãe, diga o seu verso!

Como eu gostaria de dizer que tinha memorizado o meu verso áureo! Mas, isso não aconteceu.

Estava tão preocupada em ensinar o versinho das crianças, que esqueci de memorizar o meu. E fiquei muito envergonhada diante de meu filho; afinal, havia pedido que ele fizesse algo que eu não conseguira fazer. Até então não me ocorrera memorizar o verso áureo da minha lição. Aprendi uma dura lição: Não posso exigir de meus filhos algo que eu mesma não esteja fazendo. Desde aquele dia, ao realizar o culto familiar, passei a recitar o meu verso primeiro e só então eles recitavam o deles.

Absorvida a lição, tenho conservado e aplicado alguns princípios que acredito serem muito válidos para o dia-a-dia de toda família. Ei-los:

Se desejo que meus filhos estudem a Bíblia, fazendo o ano bíblico, devo fazê-lo primeiro.

Se desejo que eles leiam a literatura denominacional, incluindo os livros de Ellén White, preciso exemplificar essa prática.

Se desejo que eles sejam fiéis na devolução dos dízimos e liberais na entrega de suas ofertas, preciso fazer isso antes.

Se desejo que eles sejam reverentes na igreja, eles precisam ver que não fico do lado de fora do templo, conversando, sendo indiferente ao andamento da programação e à apresentação da mensagem.

• Se desejo imprimir neles amor e respeito pela igreja e seus líderes, não posso viver criticando-os. Meu filho, com apenas três anos de idade, me ensinou uma grande lição naquele dia. E eu que pensava estar com a razão ao repreendê-lo … Já viveu situação assim?

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