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O Poder dos Laços Afetivos

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Por Berndt D. Wolter D.Min.

“O que não se faz por um amigo…”

Partindo de dois pressupostos bíblicos, podemos entender o poder dos laços afetivos.

1) Confiança: A palavra fé no Novo Testamento (NT) aparece 228 vezes traduzida da palavra πιστις – pistis e seus derivados, e todas as vezes significa confiança. πιστικός – pistikos: confiável, digno de confiança, o verbo πιστεύω – pisteuo: confiar, crer e πιστός – pistos: digno de confiança. Refere-se principalmente à confiança em Deus, e Sua confiabilidade e à ordem de confiarmos nele.

2) Caixa de texto: ...pois é pela contemplação que somos transformados. DTN, 441Amor: O axioma ao redor do qual todas as coisas giram em religião. Amor para com Deus, para comigo e para com o próximo (cf. Mc. 12:30-31). Não há nada mais importante que isto.

Quando consideramos estes dois elementos chave, fundamentos de qualquer relacionamento entendemos que religião é relacionamento e relacionamento é religião. Entendemos que confiança só pode proceder de confiança e amor apenas pode proceder de amor.

Paulo nos chama para pregarmos para que as pessoas tenham oportunidade de crer (cf. Rm. 10:13-17) Entendemos mal o recado de Paulo quando o encaixamos em um paradigma frio e impessoal. O kerusso, nesta passagem o pregador, não recebe nenhuma conotação fria e tecnicista. Nada indica que a pregação deva ser impessoal e distante dos sentimentos e afeições humanas. Pelo contrário, a Bíblia insiste que são amigos que levam amigos para conhecer o evangelho.

É quando convivemos com amigos – pessoas que confiam em nós e aprenderam a nos apreciar e amar – é que confiança gera confiança, amor gera amor. A maneira como o cristão ama a Deus inspira o descrente a amar a Deus pelo mesmo padrão de amor com o qual foi amado pelo seu amigo cristão. A confiança que o crente tem no descrente, desperta nele a confiança, primeiro no crente e depois em Deus. O crente exemplifica e ilustra em forma de vida como confia em Deus, estimulando o descrente a também fazê-lo, não por palavras mas pela ilustração mais poderosa que existe, por sua vida. Aqui entra de novo Paulo quando diz que somos uma carta aberta escrita para todos lerem (cf. 2 Co. 3:2-3).

O princípio que Ellen White explora tanto em seus escritos se confirma mais uma vez. Nada transforma mais o coração e a mente, nada interfere mais nos desejos do coração do que a contemplação.

Amizade verdadeira, amizade cristã não é nada mais nada menos que a construção de sólidas avenidas de amor e confiança. Amigos crentes expressam o seu mais alto grau de amizade compartilhando tempo comum de contemplação do amigo maior. Crentes oferecem amizade a descrentes construindo as avenidas de amor e confiança até que o descrente sinta-se atraído para a contemplação dAquele que faz tanta diferença na vida do amigo crente. Chamamos de evangelismo pessoal o convite a descrentes a junto com os crentes aprenderem a contemplar o Senhor.

Não existe de fato uma religião fria, na qual eu não me importo com os outros. Existe apenas uma religião que contenha ou pelo menos vá adquirindo o calor do coração de PAI, ao contemplá-lo em espírito e em verdade. Se não houver o calor do amor do PAI que Jesus traduziu para nós, se não houver envolvimento de coração a coração, de fato não há religião, há outra coisa, mas não há religião. Esta outra coisa pode até acontecer num prédio que chamamos de igreja, mas não é religião.

Se não guardarmos o maior de todos os mandamentos (que é este amor em 3 direções) e jeitosamente introduzirmos as nossas tradições, em vão adoramos (cf. Mc 7:6-9), não faz sentido, de nada adianta, não é religião de fato, é religião farisaica, de casca, sem vida, sem Deus.

Uma religião como esta conduz as pessoas para a inatividade na igreja, para a falta de envolvimento mais profundo no ministério, no servir – que acaba sendo o maior termômetro no desenvolvimento da maturidade cristã. Veja a seguir como isto foi medido e se tornou fato científico.

Membros ativos e inativos: [1]

Um total de 1.500 cristãos de diversas denominações foram entrevistados e a conclusão final foi de que em cada grupo 50 cristãos ativos, um tinha 3 amigos, dois tinham 4 amigos, outros dois tinham 5 amigos, oito tinham 6 amigos etc. A conclusão é que dos 50 cristãos ativos de cada grupo, 45 tinham 6 ou mais amigos com os qu

ais tinham um relacionamento pessoal que consideravam como sendo importante.

Número amigos novos na igreja

0

1

2

3

4

5

6

7

8

+9

Total

Membros ativos

0

0

0

1

2

2

8

13

12

12

50

Membros inativos

8

13

14

8

4

2

1

0

0

0

50

Enquanto os ativos se concentram mais para a direita do quadro, onde são declarados muitos amigos na igreja, os inativos mostraram o padrão exatamente oposto.

Os grupos de 50 que estavam inativos na igreja, mostravam poucos laços afetivos formados com outros membros da igreja. Observe: havia oito membros inativos que não tinham nenhum amigo, treze que tinham apenas 1, catorze que tinham 2 amigos, etc. Destes grupos de 50 “cristãos” inativos 47 tinham 3 ou menos amigos na igreja.

Estes entrevistados, aqui denominados inativos, adicionaram o fato de que a igreja é chata e não lhes trouxe o sentido para vida que lhes foi prometido. Foi o grupo que foi encontrado mais crítico contra a liderança e a respeito de sermões. Foi o grupo que menos se desenvolveu espiritualmente (consistência e regularidade no exercício das disciplinas espirituais).

Timing – quando acontecem as coisas:

Este estudo conduzido por Win Arn, [2] concluiu que o recém batizado se incorpora de fato na teia social da igreja, acha identidade, encontra sentido e se envolve nas atividades e ministérios da igreja, dentro dos 3 primeiros anos, mas de maneira muito especial no primeiro ano. Estar ativo ou inativo na igreja está sempre, isto quer dizer, 100% das vezes ligados aos laços de amizade formados dentro da igreja.

Em outras palavras, o membro se torna ativo ou inativo durante o primeiro ano após o seu batismo. Podemos concluir que se os recém conversos não forem envolvidos na rede de relacionamentos, treinados para o ministério e encaixados em algum ministério segundo seus dons, eles provavelmente nunca mais serão ativos!!

Outra realidade é que o grupo dos inativos foi o grupo que teve maior percentual de apostasia – Dura realidade: 88% deste grupo vai sair até o final de seu primeiro ano após o batismo.

Se ficarem na igreja, serão apáticos (mesmo que forem fiéis nos dízimos e nos princípios da igreja) e exercerão uma religião distante dos relacionamentos e fria em sua prática diária. A maioria daqueles que ficarem na igreja tendem a cumprir as “exigências” da igreja, mas poucos se tornam uma influência para o bem. O avanço no desenvolvimento da fé não ocorre em suas vidas, ficando estes membros presos em alguma fase de crescimento espiritual da qual não conseguem sair sozinhos (cf. Artigos complementares: Fases do Desenvolvimento Espiritual).

A prática:

A conclusão é óbvia. Precisamos de classes pós-batismais, mas não apenas para doutrinar melhor aqueles que foram convertidos, mas para envolvê-los nas redes de amizade na igreja e capacitá-los para que cresçam em sua jornada cristã e se tornem homens e mulheres segunda a estatura da medida de Cristo (cf. Ef. 4:10-16).

Dentro do primeiro ano os recém conversos precisam ter todo acompanhamento necessário para que tenham uma fé vibrante.

Como assumir mais esta atividade em um ministério já sobrecarregado de atividades? Creio que George Knight em seu livro The Fat Lady and the Kingdom[3] (A Senhora Gorda e o Reino) acerta em sua abordagem quando usa a comparação da igreja com uma senhora gorda que recebeu tantos presentes e bênçãos de Deus, e segurando-as, não tem nenhuma mão livre para abrir as portas do reino de Deus para si e para outros. Nesta parábola ousada, Knight usa a sua autoridade para apontar um caminho para a igreja que ela está com dificuldades de percorrer.

Ele insiste que as nossas estruturas precisam ser revistas e que o foco deve voltar para a formação de discípulos.

Quantos programas temos hoje que não cooperam realmente para o desenvolvimento espiritual do membro individual? Quantos sermões promocionais os membros são obrigados a ouvir, deixando-lhes o coração vazio do toque caloroso e transformador do Espírito de Deus? Quantas vezes substituímos atividades espirituais verdadeiras por programas áridos, que não fazem sentido para a igreja local? Quantos pastores estão sobrecarregados com atividades que não colaboram com a sua função de levar o seu rebanho para junto do Senhor?

O sucateamento da igreja é inevitável quando tiramos os olhos do alvo que é preparar pessoas para o reino de Deus. As estruturas vão aos poucos se paganizando e o foco é colocado em números e dinheiro, deixando o ganhar almas como sub-produto desejável, ao invés de ser o foco principal.

Por que se concentra nos recém conversos? Em poucos anos recuperaríamos um processo que já se estende por mais tempo do que deveria. Em poucos anos envolveríamos a igreja como um todo no ministério e a influência da igreja se multiplicaria.

Como fazê-lo? A igreja local tem que ser o l

ocal onde isto acontece. As organizações superiores deveriam servir de apoio para aqueles pastores que são menos hábeis em traduzir a necessidade observada em prática real em suas igrejas, bem como guinar a nossa cultura corporativa na direção de motivar e fortalecer estes valores, ao mesmo tempo que reprimem e desmotivam valores contrários sem impedir que os dons distintos de cada pastor sejam desprezados.

Uma coisa está clara, precisamos estruturar intencional e conscientemente a igreja local para que envolva os recém conversos no ministério adventista, bem como tentar envolver os mais antigos, ambos os grupos por meio das redes de relacionamento existentes em uma igreja local.


[1] Quando me refiro a membro ativo e inativo quero colocar como sinônimo de estar ou não estar envolvido na rede de relacionamentos da igreja e ter ou não ter uma percepção de sentido de vida fornecido pela nova religião que abraçou.

[2] Arn, Win. The Church Growth Ratio Book. Monrovia, CA: Church Growth Inc., 1990, p. 24.

[3] Knight, George. The Fat Lady and the Kingdom. Boise ID: Pacific Press Publishing House, 1995, p.22.

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