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A Cura do Cego Bartimeu

Mc 10.46-52

Todos: Ó Cristo, verdadeira luz, vem, ilumina meu Jesus os homens que na escuridão não reconhecem tua mão.

Narrador: E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, BARTIMEU, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado a beira do caminho.

E, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: (Os participantes se separam e formam em 2 fileiras uma passagem, na qual do lado direito, na frente, se acha sentado o cego).

Bartimeu: Jesus, Filho de Deus, tem compaixão de mim!

1 – Quem está gritando aí desta maneira?

2 – É Bartimeu, o filho de Timeu.

3 – Ele devia ficar quieto agora; queremos ouvir Jesus.

4 – Quem é esse Jesus?

5 – Um profeta, dizem que vem de Nazaré.

6 – De Nazaré? Pode vir algo bom de Nazaré?

7 – Dizem que faz milagres.

8 – Estou curioso …

Bartimeu: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!

1 – Que está chamando o cego?

2 – Ele está chamando o nome de Cristo.

3 – Ele chama Jesus de Messias.

4 – Com que direito?

5 – Ele está blasfemando.

6 – O cego devia se calar e não abusar do nome do Altíssimo.

Bartimeu: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!

7 – O que quer ele de Jesus?

8 – Quem sabe? Ele pede esmola de todos.

1 – Jesus não tem tempo para um desses.

2 – É claro que Deus o castigou com cegueira.

3 – Certamente pecou muito.

4 – Jesus não vai querer ajudá-lo.

Bartimeu: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!

5 – Ele ainda está incomodando!

6 – Ainda está blasfemando contra Deus – ele chama pelo nome do Messias!

7 – Mandem o cego embora daí!

Bartimeu: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!

8 – Tirem-no daí!

Todos – Tirem-no daí! Tirem-no daí!

Narrador: Quem vier a mim, não o repelirei. (Ao serem ditas estas palavras, todos viram a cabeça e olham na mesma direção, como se vissem Jesus. Ele não aparece, apenas se ouve sua voz).

Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram então o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo, levanta-te Ele te chama. (Todos seguem com os olhos até o centro da passagem, onde se acha o cego. Os 2 mais próximos levantam-no, acompanham-no 2 passos até o centro e recuam).

E ele lançou de si a capa, levantou-se de um salto, e foi ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? (O cego levanta a cabeça).

Bartimeu: Mestre, que eu torne a ver.

Narrador: Então Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. (Todos observam o cego; devagar abrem-se os olhos do cego).

1 – De fato, ele o curou.

2 – O cego vê!

3 – Um milagre!

Todos – Um milagre!

Bartimeu: Ó Senhor, posso ver-te! Agora te reconheci! (Olhando para frente, então voltando-se para o lado e dirigindo-se aos outros). Tu és o Messias! Ouçam todos, Ele é o Messias, de quem Isaías escreveu: Naqueles dias os surdos ouvirão as palavras do livro, e os cegos, livres já da escuridão e das trevas, as verão. Vocês não o vêem. (Lentamente todos os participantes tornam-se cegos, isto é, fecham os olhos).

1 – Todos nós somos como o cego de Jericó.

2 – Tateamos ao longo de um caminho, e nada podemos ver. (com braços estendidos tateiam para aqui e ali e sentam).

3 – Aí estamos e nada podemos ver.

4 – Vejo apenas escuridão no momento. Nossos pais e avós passaram por épocas melhores. Para nós não existe um futuro.

5 – Por que sou obrigado a viver nesta época?

6 – Estou tão decepcionado com a humanidade. Não quero mais ver ninguém. Ninguém me aprecia; ninguém tem um pouco de afeição para me dar.

7 – Por que estou neste mundo?

8 – Não quero mais ver o lugar onde trabalho. O serviço não me satisfaz, e cada hora que lá passo é um castigo.

1 – Não vejo saída, não vejo como as coisas possam mudar para mim.

2 – Gostaria tanto de ser um cristão, mas em meu redor tudo permanece escuro.

Todos – Todos nós somos iguais aos cegos de Jericó.

Narrador: E eis que havia cegos à beira da estrada e quando ouviram que Jesus passava, gritavam e chamavam: (Todos levantam a cabeça).

Todos – Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós!

Narrador: Jesus porém, lhes disse: Que quereis que vos faça? Eles lhe responderam:

Todos – Senhor, abre-nos os olhos!

Narrador: Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos. Mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti. (Todos, enquanto isso, abrem devagar os olhos, dirigem o olhar para frente e ao alto, levantam e se organizam novamente como de início).

Ulrich Kabitz
SIM. N.º 7. Março de 1976

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