A única vida que vale a pena viver
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Se mais homens se familiarizassem com a vida de Jacó, talvez obtivessem uma perspectiva melhor daquilo que de fato envolve uma vida com Deus – tanto os altos como baixos.
Do lado dos pontos altos, Jacó nos prova que Deus gosta muito de derramar sua graça sobre aqueles que são menos merecedores. Pense nisto: O Senhor escolheu um homem que era digno do nome lamentável que lhe fora dado (Jacó significa “ele engana”) para construir uma nação que chamaria de sua. Deus trabalhou de maneira tão intensa e cheia de graça na vida de Jacó que esse homem finalmente mudou de rumo, trocando uma carreira de fraude por uma vida concentrada no Senhor. Por meio da linhagem de Jacó, Jesus Cristo veio ao mundo para se tornar o Salvador da humanidade.
Do lado dos pontos baixos, Jacó nos mostra que os métodos que Deus usa para nos transformar, por meio de Jacó, que ele se importa muito mais em nos transformar em pessoas que se parecem com seu Filho do que em nos deixar confortáveis.
Alguém que você deveria conhecer: Jacó.
Jacó chegou a este mundo segurando o calcanhar de Esáu, seu irmão gêmeo mais velho (Genesis 25:24-26). No início da vida adulta, comprou os direitos de primogenitura do irmão (Genesis 25:29-26) e, então, por meio de trapaça, recebeu a benção que, por direito, pertencia a Esaú (Genesis 27:1-40) . Temendo as ameaças de vingança de Esaú, Jacó fugiu para as tendas de seu tio Labão. Em Labão, Jacó encontrou um homem tão capaz de fraude e manipulação quanto ele. Labão o enganou, fazendo-o trabalhar por catorze anos em troca do privilégio de casar com suas duas filhas, Lia e Raquel. Durante o tempo que passou com Labão, Jacó teve onze filhos e um filha, e ficou bastante rico.
Jacó trocou gradualmente sua vida de fraude por compromisso de buscar a Deus.
Quando finalmente deixou o tio para voltar para casa, Jacó mais uma vez lançou mão da fraude numa tentativa de evitar a ira de Labão (Genesis 31). Finalmente, apesar de já terem se passado muitos anos desde que roubara de Esaú a bênção de seu pai, Jacó ainda temia o irmão. Assim, criou um plano elaborado para apaziguar Esaú, algo que estava fortemente baseado em suborno (Genesis 32:1-21).
Foi então que Deus entrou em cena.
Em um dos relatos mais estranhos da intervenção divina direta, Jacó lutou a noite inteira com alguém que ele primeiramente considerou se apenas “um homem” (Genesis 32:24). Perto do raiar do dia, esse homem “tocou na articulação da coxa de Jacó, de forma que lhe deslocou a coxa” (Genesis 32:25), deixando Jacó manco. Somente depois de o homem ter abençoado Jacó é que este percebeu qual era a verdadeira identidade de seu adversário. Ele chamou o lugar daquela luta de Peniel, que significa “face de Deus”, e disse: “Vi a Deus face a face e, todavia, minha vida foi poupada” (Genesis 32:30).
Daquele momento em diante, a vida de Jacó começou a mudar. Ele trocou gradualmente sua vida de fraude por um compromisso de buscar a Deus. Suas lutas estavam longe de acabar, mas as lutas contra Deus haviam chegado ao fim.
Dado seu histórico, parece adequado que o Senhor tenha mudado o nome de Jacó para Israel (“aquele que luta com Deus”, Genesis 32:28; 35:10). Uma vida de fé é uma vida de luta – mas também é a única que vale a pena viver.
Moral da história
Uma vida de fé é uma vida de luta.
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