ACRÓSTICO
Em 1868, no dia do aniversário de D. Pedro II, um dos grandes jornais do Rio de Janeiro publicou os seguintes versos em homenagem ao Imperador:
Oh! Excelso Monarca, eu vos saúdo!
Bem como vos saúda o mundo inteiro,
O mundo que conhece as vossas glórias…
Brasileiros, erguei-vos e de um brado
O monarca saudai, saudai com hinos,
Do dia de dezembro o dois faustoso.
O dia que nos trouxe mil venturas!
Relembra o nascer d’ alma a artilharia
E parece dizer em tom festivo:
Império do Brasil, cantai, cantai!
Festival harmonia reina em todos:
Alegres, elevemos os corações!
Zelemos, decantando-a sem cessar
A excelsa Imperatriz, a mãe dos pobres,
Não olvidemos também de festejar,
Neste dia imortal, que é para ela
O dia venturoso em que nascera
Sempre grande, imortal Pedro II.
Esta poesia escondia, no entanto, uma perfídia. Era nada mais que um acróstico, cujas letras iniciais de cada verso formavam a seguinte frase:
“O bobo do Rei faz anos”.
O magnânimo D. Pedro II, não teve interesse em averiguar, para descobrir o autor desta brincadeira de mau gosto.
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