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AMOR NĂO CORRESPONDIDO

Conta-se que um médico famoso curou uma criancinha de uma doença muito grave. A mãe da criança era uma mulher simples, mas ficou tão grata pela cura da filha, que procurou o médico em sua residência para demonstrar-lhe seu reconhecimento. Com muita gentileza, falou-lhe:

-Doutor, compreendo que há certos serviços que jamais poderão ser integralmente recompensados. O senhor salvou a minha filha. Não sei como expressar minha gratidão. Trouxe-lhe esta bolsa que eu mesma confeccionei para oferta-lhe, como prova de minha eterna gratidão.

O médico que esperava por seus honorários, respondeu friamente:

– Madame, a medicina não é um assunto tão banal como a senhora julga. Pequenas lembranças não são suficientes para manter-nos.

A pobre mulher, desconcertada, perguntou:

– Doutor, então quais são os seus honorários?

– Quarenta libras, foi a resposta lacônica do médico.

A mulher abriu a delicada bolsa bordada que levava e retirou da mesma, cinco notas de vinte libras; separou duas delas e as entregou ao médico, guardando as três notas na bolsa que havia oferecido à pouco. Com um gesto de cabeça, ela cumprimentou o avarento médico e amargurada regressou ao seu lar.

Assim, o médico perdeu sessenta libras, uma bolsa e uma amizade!

Você deve estar se sentindo indignado, não é? Como o médico pode ser tão insensível com alguém que apenas queria demonstrar-lhe bondade, reconhecimento, gratidão e generosidade? Ficamos felizes em pensar que sua avareza, grosseria e indelicadeza o fez perder sessenta livras que ele receberia se simplesmente aceitasse a bolsa com tudo o que ela continha …

Quantas vezes oramos, repetindo como profissionais apenas algumas palavras bonitas, palavras até mesmo elegantes, mas sem pensarmos nelas, sem sentimento, mera formalidade! E Deus, ao nos ver iniciando o diálogo, como aquela bondosa senhora, Se aproxima de nós com a ‘bolsa cheia’ de preciosas dádivas, contendo exatamente tudo aquilo que mais ansiamos, tudo aquilo que poderia nos tornar felizes, e tantas outras bênçãos que jamais ousamos expressar, e nós, simplesmente olhamos para Deus e dizemos: -“Tenho pressa, dê-me apenas aquilo que realmente me interessa.’ Damos assim as costas ao Senhor e cremos que cumprimos o nosso dever. De quantas bênçãos não temos sido privados por nossa pressa, nossa falta de verdadeira comunhão! Só temos tempo pare aquilo que valorizamos.

Quando Cristo vier para buscar os Seus filhos, é possível que alguns daqueles que se julgam amigos dEle, não O reconheçam, porque estiveram tão ocupados, que não tiveram tempo para ouvir Sua voz!

Tome tempo cada dia para estar com Jesus. Fale com Ele não através de orações formais. Permaneça quieto, reverente após a oração. Dê um tempo para que Deus lhe responda. Você se surpreenderá!

 

“Amarás ao teu próximo como a Ti mesmo”. Romanos 13:9

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