CONTRASTES//II Reis 6-8
Se eu pudesse resumir com uma palavra o que vamos ler hoje, eu diria “contrastes”. Fome e fartura; fidelidade e traição; fé e descrença. Tudo isso num único dia. A Bíblia é feita de contrastes, porque conta a história de pessoas comuns como nós. Quando lemos o capítulo 6 de II Reis, temos a tendência a ressaltar os milagres de Eliseu. Ontem também lemos alguns outros e ficamos nos detendo no que ele foi capaz de fazer.
No entanto, sabemos que ele só foi capaz de operar esses milagres porque tinha fé inabalável em Deus. Não se engane, caro leitor. A Bíblia diz que a operação de milagres, unicamente, não pode ser considerara obra de Deus. Ainda vamos ler que o inimigo de Deus também aparece como anjo de luz e realiza milagres que, se fosse possível, enganaria até os fiéis de Deus. Como não temos muito espaço para falar tudo sobre a riqueza do trecho bíblico de hoje, quero abordar um aspecto que é fundamental para nossa vida espiritual: “fé e descrença”. Como exemplo de fé, vamos pegar Eliseu.
Como exemplo de descrença, o servo do rei de Israel. Eliseu falava com autoridade em nome de Deus, não porque mandava e Deus obedecia. Não, não. Vamos ler hoje que Deus se comunicava com ele de um modo tão impressionante, que alguns cogitavam a existência de espiões. Eliseu refletia o caráter e as atitudes de Deus nas mínimas coisas. Assim como Deus, ele estava ali no meio do povo para ajudar na vida cotidiana.
Leia o episódio do machado. Sim, Deus se preocupa e cuida de você, se seu coração estiver aberto ao auxílio dEle. Experimente pedir a Deus para te mostrar qual ônibus pegar, qual vaga estacionar, qual roupa escolher, quais palavras usar numa reunião de trabalho, que moça ou rapaz escolher para namorar, qual nome colocar no seu filho. Mas Deus não está só preocupado com as coisas pequenas, não. Se você estiver passando necessidade real, Ele pode te ajudar também. Foi o caso da grande fome em Samaria. Uma situação extrema, que levou ao canibalismo.
Uma calamidade. Mesmo numa situação como essa, sem nada a perder, sempre tem alguém que duvida do poder de Deus. Foi o caso do empregado do rei de Israel. Eu pergunto: ele tinha motivos para duvidar? Sim, tinha. Afinal, na cabeça dele, se existisse um Deus no céu, o Seu povo não estaria passando por aquilo. Mas eu faço outra pergunta: ele tinha alguma coisa a perder se acreditasse? Não. Esse empregado do rei representa muito bem pessoas que fazem parte do ajuntamento do povo de Deus, mas que, na verdade, são incrédulos. Você conhece alguém assim? Que diz: “aqui isso não funciona”, “Deus pode tudo, mas aqui a coisa é diferente”, “Eu confio em Deus, mas isso? Muito difícil, hein!”.
São pessoas que limitam o poder de Deus. Por acaso você já foi assim? Caro leitor, pessoas assim, que duvidam do poder de Deus, não pedem o que gostariam de ter e dizem que não vêm Deus agir. Pessoas assim nunca veriam um machado boiar na água. Incrédulos desse tipo não acreditam no poder da oração intercessória para curar um irmão.
Eles dizem que acreditam em Deus, mas vão à igreja apenas para cumprir as atividades ou encontrar os amigos, ou ouvir alguma música. Pessoas assim nunca orariam a Deus pedindo para abrir os olhos dos que estão cegos, para que vejam a Obra de Deus pelos homens.
Vou ficando por aqui, pedindo a você que acredite de verdade no Deus que você diz que segue. Aliás, você nem precisa dizer que O segue. Simplesmente siga-O. Afinal, Deus não precisa de propaganda. Ele precisa de adoradores que tenham fé.
Bom dia, na presença do Deus que pode tudo. Acreditando você ou não.
Vinicius Assef
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