A metáfora de Deus como nosso Pai é um conceito raro no Antigo Testamento, onde são feitas referências a Deus como o Pai de Israel e de pessoas específicas. Esse conceito se tornou mais claro por meio da revelação de Jesus, que frequentemente chamou Deus de “Pai” e ensinou Seus discípulos a se dirigirem a Ele de igual maneira. A imagem da paternidade de Deus denota intimidade e afeto profundo, especialmente no termo aramaico abba, que Jesus usava. O uso que Cristo fez desse termo também é único e não é encontrado em outro lugar na literatura judaica.* Até mesmo os crentes gentios usaram esse termo para se referirem a Deus, demonstrando profunda compreensão da relação paternal dEle para conosco, relação esta que nos torna Seus filhos por adoção (Rm 8:14, 15).
Esse relacionamento Pai-Filho entre Deus e Jesus revela a sintonia e o amor que há entre Eles. Mostra também o desejo de Deus de estar estreitamente ligado a nós, Seus filhos adotivos, e enfatiza o cuidado amoroso, a proteção e provisão que Ele nos dá.
Nosso Pai celestial exerce autoridade sobre nós, Seus filhos. Ele ordena e determina o que devemos fazer para nosso próprio bem. Nós O obedecemos e nos submetemos a Ele, como também Jesus sinceramente Se submeteu, mesmo diante da morte, para cumprir o propósito de Deus para Sua vida. É preciso que, como Jesus, reconheçamos que não é a nossa vontade, mas a vontade de Deus que precisa ser feita em nossa vida (Mt 26:39). Jesus ensinou na Oração do Senhor: “Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos Céus! Santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu’” (Mt 6:9, 10).
A ligação de Jesus com o Pai, como vista na metáfora da relação pai-filho, nos ajuda a compreender quanto Deus ama Seus filhos a quem adotou (Jo 16:27). O Senhor estará conosco para nos guiar, confortar e prover tudo de que precisamos para completar a obra de salvação que Ele começou em nós. Como Seus filhos, aguardamos o dia em que seremos glorificados e receberemos nossa herança em Seu reino.
* Walter A. Elwell, Evangelical Dictionary of Theology (Grand Rapids, Mich.: Baker Publishing, 1996), p. 506, 507.
Agora, Mãos a Bíblia:
6. Leia Mateus 6:25-34. O que o texto revela sobre Deus? Como podemos aprender a confiar mais nEle?
Nem sempre tudo dá certo. Temos que viver com o mal e suas consequências dolorosas. O ponto é que, mesmo em meio a tudo isso, temos a certeza do amor do Pai por nós, um amor revelado de muitas maneiras, acima de tudo pela cruz. Como é importante, então, manter constantemente os dons e bênçãos de nosso Pai celestial diante de nós. Do contrário, podemos facilmente ficar desanimados quando o mal nos atingir, o que inevitavelmente acontece.
Pare um pouco, pense nisto:
– Que pai e filho bíblicos exemplificam melhor a relação do Deus paternal para conosco?
– Como podemos tornar relevante essa metáfora pai-filho para aqueles que sofrem de abuso dos pais?
—- Quer entender mais da Lição?—-
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