Qual Dessas duas palavras se encaixam nas atividades físicas e sociais que os jovens
devem fazer? Qual sentido delas?
Na verdade as palavras são muito parecidas porém, existe uma diferença notável entre
elas, que nos ajudam à entender o porque e como devemos agir. Vamos procurar definir cada
uma delas? No dicionário a palavra “diversão” significa entre outras coisas: “divertimento,
entretenimento, distração:” não no sentido educativo, construtivo, e sim, passar o tempo,
gastar o tempo, abusar do tempo. Isto sem falar de que tipo de diversão, que pode ser as
mais diversas possíveis, sem oferecer contudo, algo valioso para quem se diverte. Não que
deixamos de usar a palavra, algo pode ser divertido no sentido de ser alegre e engraçado mas,
sempre deve ser construtivo e nunca leviano, hilariante, uma chacota. Como disse o sábio
Salomão: “para o insensato, praticar a maldade é divertimento.” Prov.10:23. E falando em
bíblia, existem mais três textos referindo-se a diversão:
1. Êxodo. 32:6,7 – Pôr ocasião da adoração ao bezerro de ouro, ele “beberam, comeram,
e se divertiram.” No verso 7, a Bíblia classifica essa atividade de corrupção;
2. Juizes. 16: 25,27 – três vezes aparece a palavra neste versos. Como pode ver, numa
situação de humilhação, deboche. Você gostaria de estar numa festa dessa? De
uma forma ou de outra, este tipo de festa acaba sempre em desastre, como
realmente acabou;
3. l.Corintios. 10: 7 – O apóstolo neste verso exprime numa palavra e de forma profunda,
aqueles que procuram estas atividades vazias em si mesmas como uma “idolatrias”. A
idolatria da auto-satisfação, o desejo egoísta do coração.
“Quem se diverte sempre, nunca se diverte.” Pietro Caracciolo.
“Que não devemos viver neste mundo simplesmente para nosso próprio divertimento, para
nos agradar a nós mesmos.” Ellen G. White. (T.S. Vol.1, pg. 283).
“Devemos encaminhar o espírito em sentido diverso daquilo que é superficial e sem
importância, que não tem solidez.” Idem.
Alguns conselhos de Ellen G. White para que evitemos algumas formas de diversões
tais como:
• Jogos nos quais acaba sendo envolvido dinheiro. M.J. 392;
• Jogos de cartas e outros jogos de azar. M.J. 379,380,392;
• Freqüência ao teatro e a ópera. P.P. 459,460;
• Danças. M.J. 392,390;
• Eventos esportivos e competições comercializadas. M.J. 213;
• Televisão e vídeo com apresentações teatrais ou produções que não estejam diacordo com
os padrões cristãos. P.P. 459, 460.
As vezes, pôr não se falar tanto no que não deve ser feito, esquecemos de dizer o que
deve ser feito. Em muitas igrejas que conheço há uma verdadeira repressão na juventude
apenas dizendo “não faça isto, ou aquilo,” em muitos casos não dando a orientação devida à
juventude. Se não temos condições de ajudar, estar presente, participar das recreações dos
jovens, não temos o direito moral e cristão de criticar o que o jovens fazem. Vejam o que Ellen
G. White fala a esse respeito. Existe o perigo de dois extremos. O primeiro considerar toda
recreação um pecado. Segundo extremo é depender da recreação constantemente como um
entase de excitação.
“Essas pessoas estão continuamente lamentado sua desaprovação, e gemendo pôr um
suposto mal. Não há amor em seu coração; têm sempre um semblante carregado. Ficam frios
ao inocente riso da juventude ou de quem quer que seja. Consideram toda recreação ou
diversão um pecado, e pensam que a mente deve estar constantemente trabalhando no
mesmo grau de severa tensão. Isto é um extremo. Outros acham que a mente deve estar de
contínuo em tensão para inventar entretenimento e diversões a fim de obter saúde. Aprendem
a depender da excitação, e ficam desassossegadas quando sem isso. Tais pessoas não são
verdadeiros cristãos.” Lar Adventista, p. 79.
Em outro lugar Ellen G. White fala da falta de compreensão quanto as condições físicas
e biológicas da juventude, que exige atividade. “Mão se pode fazer os moços tão quietos e
graves como as pessoas de idade, a criança tão séria como o pai. Conquanto as diversões
pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, os mestres u pessoas
delas carregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem
corrompem a moral. Não cinjais os jovens as rígidas exigências que os induzam a sentir-se
oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição.” C.P.P.E.
pg.355.
Assim, a palavra recreação tem um sentido muito importante e poderoso no contexto da
juventude, como também, de suma importância para as pessoas de maior idade. Sabe-se hoje
que é fundamental para a saúde de qualquer pessoa a atividade física ou recreação.
Vejam que o dicionário define recreação como: “De recrear mais ação”, quer dizer:
colocar em atividade, ação, em momento de folga, lazer, ou brincadeiras. Este é o sentido
importante. O sentido profundo, poderoso que define recreação é com “recriação”. Pôr esta
razão é que devemos buscar atividades construtivas físicas e sociais que produza efeitos
positivos ao caráter, quanto a nossa espiritualidade.
Na Bíblia encontrei três textos que falam de recreação. Os três encerram lições muitos
profundas para nossa discussão e aprimoramento espiritual. Vamos ver?
1. Eclesiástes. 11:9 – O sábio Salomão insta a juventude à recreação. Responda estas
perguntas!
a) Pôr que ele fez isto? b) será que Salomão não tinha conhecimento das necessidades
físicas dos jovens? c) Quem o inspirou para dar esta recomendação para a
juventude? d) Qual é a advertência dada quanto a escolha da recreação e porque?
2. corintios.7:13 – Qual o sentido da recreação neste verso? Espiritual, trabalho,
companheirismo, gratidão e
alegria, atividade física. Qual o contexto do capítulo?
3. Romanos.15:32 – Qual o sentido da recreação neste verso? Será que o apóstolo não estava
preocupado com a recreação? Em 1.Coríntios 9:25 e 2. Timóteo. 2:5, o apóstolo compara o
cristão como um atleta. Você vê alguma relação de importância entre o cristão, o atleta e a
recreação?
Mais do que eu responder a estas perguntas, gostaria que você refletisse e desse suas
respostas.
“Existe diferença entre recreação e divertimento. Recreação, quando fiel ao seu nome –
Recriação, tende a fortalecer e erguer…….A diversão, pôr outro lado, é procurada como fonte
de prazer e, muitas vezes é levada a excesso; absorve as energias que seriam necessárias ao
trabalho útil e assim representa um obstáculo ao verdadeiro sucesso na vida. Ellen G. White.
Educação, pág. 207.
Você pode fazer um teste para saber se a recreação está dentro dos princípios ou não.
Veja:
“Julgai todas as coisas, retendo o que é bom”(I Tes 5:21).
Será você capaz de suplicar a benção de Deus sobre a recreação que irá praticar? (Veja
conselhos aos professores, pais e estudantes, p. 337; Mensagens aos Jovens, p. 386)
• Ela lhe aproxima de Deus ou lhe rouba o desejo de orar?
(Mensagens aos Jovens, p. 407 e 408)
• Promove integridade e auto controle?
(Mensagens aos Jovens, p. 412, 425 e 416)
• Facilita a resistência à tentação?
(Parábola de Jesus p. 49 e 50)
• Que influência terá sobre a saúde física e mental?
(Mensagens aos jovens p. 379)
• Prepara melhor para os dever
es diários? Tem a tendência de refinar, purificar, nos
tornar virtuosos ou contribui para o orgulho no vestuário, com vulgaridade?
(Mensagens aos Jovens, p. 382; Patriarcas e Profetas, p. 460 e 461; Conselho aos
Professores
e estudantes 366-368)
• Vale a pena gastar o tempo que requer?
(Mensagens aos Jovens, p. 373 e 379)
• Desenvolve a cortesia, a generosidade e mais respeito pelos outro ou fere o autorespeito
das pessoas? Estimula a bondade ou conduz ao uso de força e brutalidade?
(Educação, p. 210)
“Procurar Meios de Recreação Instrutiva e Inocente. – Há modos de recreação que
são latamente benéficos tanto à mente como ao corpo. Um espírito esclarecido e discernidor
encontrará abundantes meios de entretenimento e diversão em fontes não apenas inocentes,
mas instrutivas. Recreação ao ar livre, a contemplação das obras de Deus na Natureza, será
do mais alto benefício.
Creio, porém que ao passo que estamos buscando refrigerar nosso espírito e revigorar o
corpo, é-nos exigido por Deus que empreguemos todas as nossas faculdades em todo tempo
para os melhores fins. Podemos associar-nos como estamos fazendo hoje* aqui e fazer tudo
para glória de Deus. Podemos e devemos dirigir nossas recreações de tal maneira que
sejamos habilitados a cumpri melhor nossos de veres, e que nossa influência seja mais
benéfica sobre aqueles com quem nos associamos. Isto se aplicaria especialmente a um
ocasião como esta, que deve ser animação para todos nós. Podemos voltar a nosso lares com
a mente revigorada e refrigerado o corpo, preparados para reencetar o trabalho com mais
esperança e ânimo”. Ellen G. White. “O Lar Adventista”. Pg. 496.
* NOTA: Parte de uma alocução a um grupo de cerca de duzentos pessoas, que desfrutavam
um período de recreação no lago de Goguac, próximo a Battle Creek, Michigan, em maio de
1870.
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