Programa de Natal

Oração Inicial
Hino de natal
Noite Feliz – História do Hino:

Em 23 de dezembro de 1818, o jovem sacerdote Joseph Mohr foi chamado de sua aldeia de Oberndorf, nos Alpes da Áustria, para visitar o lar de um lenhador no meio da selva, pois sua esposa acabava de ter um bebê.

Depois de uma cansativa viagem, o sacerdote chegou quando já era alta noite. Ao ver a alegria no rosto da jovem mãe, inclinada sobre o berço de seu bebê, ficou feliz por ter atendido ao chamado.

Ao regressar a pé no caminho através da selva, na noite cheia de estrelas, o sacerdote se lembrava do que havia presenciado. A paz daquela cena fez com que ele pensasse na manjedoura de Belém, onde havia estado outra mãe amorosa e outro precioso bebê: Maria e o Bebê Jesus.

Ao chegar em casa, mesmo cansado, o jovem sacerdote não foi se deitar. Sentou-se no escritório e começou a escrever um poema. Eram quatro horas da manhã quando terminou. E pôs como título “Noite Feliz”.
Satisfeito, foi dormir. Não se passaram muitas horas, ele se levantou e se dirigiu à casa do jovem Franz Gruber, maestro da escola paroquial e organista da igreja. Mohr pensava no órgão da igreja: não funcionava havia alguns dias. Mas Gruber disse-lhe para não se preocupar pois comporia o hino para ser cantado a duas vozes, com acompanhamento de outro instrumento musical.

Naquela noite, que era Natal, na igreja de São Nicolau, depois da celebração do culto de meia-noite, Franz Gruber, baixo, e o sacerdote Mohr, tenor, cantaram o hino juntos.

Ao ouví-los, as pessoas se emocionaram. Vários meses mais tarde, o homem que estava consertando o órgão pediu a Gruber que o testasse para ver se estava bem. Ele tocou o hino “Noite Feliz”. O homem gravou o hino em sua mente e logo o tocou de ouvido em sua própria aldeia.

Quatro crianças de sobrenome Strasser(dois irmãos e duas irmãs), que viviam na mesma aldeia, ouviram o hino, aprenderam-no e começaram a cantá-lo Seu pai, um fabricante de luvas, ia todos os anos à cidade de Leipzig para vender sua mercadoria, e eles iam junto, cantando canções de Natal. Uma vez, o diretor de música do principado de Sajonia os ouviu cantar “Noite Feliz”. Gostou tanto que, no ano seguinte, os convenceu a cantarem num de seus concertos, assistidos por muitas celebridades e pessoas da realeza. Esses senhores e senhoras também gostaram do hino. Como seu título original havia se perdido, ficou conhecido como “A canção tirolesa”.

Por volta de 1850, o Coro Imperial da Igreja de Berlim o cantou especialmente para o rei Frederico Guilherme IV, que deu ordens para buscarem os compositores, pois queria parabenizá-los. O sacerdote Mohr havia morrido em 1848, mas Franz Gruber – que ainda vivia – pôde receber pessoalmente os elogios do rei.

Nem Gruber nem Mohr fizeram nenhuma outra composição em sua vida, mas essa canção de Natal, por sua beleza e poesia, se transformou no mais famoso hino de Natal do mundo.

A guitarra (zupfgeige) com que foi acompanhado originalmente se acha hoje preservada no Museu Municipal de Hallein, como uma relíquia do dia mais importante da vida da aldeia de Oberndorf, o dia em que foi composto o bonito hino Noite Feliz.
Todos Cantam o Hino (Noite de Paz – 42).
Leitura: Eu Menino.
Eu Menino

Eu, menino, sentado na calçada sob um sol escaldante, observava a movimentação da turba em volta e tentava compreender o que ocorria.

– Que é o Natal – indagava-me, em silêncio.

Eu, menino, ouvira falar que aquele era o dia em que o Papai Noel, no seu trenó puxado por renas, cruzava os céus distribuindo brinquedos a todas as crianças.

– E por que então eu, que passo a madrugada ao relento, nunca vi o trenó voador – perguntava-me. – Onde estão os meus presentes

E eu, menino, concluía que não deveria ser isso o Natal.
Talvez fosse um dia especial, em que as pessoas abraçassem seus familiares e fossem mais cordiais umas com as outras. Talvez fosse o dia da fraternidade e do perdão.

– Mas então por que eu, sentado no meio-fio, não recebo sequer um sorriso – inquiria-me, perplexo. – E por que trabalha a polícia no Natal

E eu, menino, entendia que não devia ser assim…

Imaginava que talvez o Natal fosse um dia mágico em que as pessoas enchiam as igrejas em busca de Deus.

– Por que, então, não saem de lá melhores do que entraram – debatia-me, na ânsia de compreender aquela ocasião enigmática.

Via risos, mas eram gargalhadas que escondiam tanta tristeza e ódio, tanta amargura e sofrimento…

E eu, menino, mergulhado em tão profundas reflexões, vi aproximar-se um homem. Era um belo homem. Não era gordo nem magro, tão alto quanto baixo, nem branco, nem preto, nem pardo, amarelo ou vermelho.

Era apenas um homem com olhos cor de ternura e um sorriso em forma de carinho que, numa voz com tom de afago, saudou-me:

– Olá, menino!

– Oi… – respondi, tímido.

E, num quase êxtase de admiração, vi-o acomodar-se a meu lado, na calçada, sob o sol escaldante.
Eu, menino, na naturalidade de menino, aceitei-o como amigo num olhar. E atirei-lhe a pergunta que me inquietava e entristecia:

– Que é o Natal

ELE, sorrindo ainda mais, respondeu-me, sereno:

– Meu aniversário.

– Como assim – indaguei-lhe, percebendo que estava só. – Por que não estás em casa Onde estão os teus

– Essa – falou-me, apontando a multidão que vagava – é a minha família.

Eu, menino, não compreendi.

– Também tu fazes parte da minha família… – acrescentou, aumentando a confusão.

– Não te conheço! – rebati.

– É por que nunca te falaram de mim. Mas eu te conheço. E te amo…

Estremeciam-me de emoção aquelas palavras, na minha fragilidade de menino.

– Deves estar triste – comentei. – Estás só no dia do próprio aniversário…

– Neste momento, estou contigo – respondeu-me, meneando a cabeça negativamente.

E conversamos. Uma conversa de poucas palavras, muito silêncio, muitos olhares e um inefável transbordar de sentimentos, naquela prece que fazia arder o coração e a própria alma.

O sol entregou o céu às estrelas.

E conversamos. Eu, menino, e ELE.

E ELE me falava, e eu o amava. E eu o absorvia. E eu o sentia.

Eu, menino: cordas. ELE: artista. E se fez melodia entre nós!…

E eu, menino, sorri…

Quando a noite cedeu vez à madrugada, enquanto piscavam as luzes que adornavam as residências, ELE se ergueu e pressenti que era a despedida. Suspirava, de alma renovada.
Abracei-o pela cintura, dizendo:

– Toma o meu presente… Feliz aniversário!

Ergueu-me no ar, com seus braços fortes-fracos, tão fortes quanto a paz, e disse-me:

– Presenteia-me compartilhando este abraço com a minha família, que também é tua… Ama-os com respeito. Respeita-os com ternura. Sê terno com carinho. Acaricia-os com justeza. Julga-os com amor… E tem um feliz Natal!

Porque não quisesse vê-lo ir-se embora, saí correndo em disparada pela rua. Abandonei-o, levando-o para sempre no mais íntimo do coração. Fui em busca de braços que aceitassem os meus…

E eu, menino, nunca mais o vi. Somente quando deixei

de ser menino ouvi novamente falarem daquele amigo da noite de Natal: Jesus.

E eu, menino, sorri…

Musica de Natal (Mensagem Musical)
Leitura de Lucas 2:1-19 (O nascimento de Jesus)
O Evangelho segundo São Lucas, 2:1-19
E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa anjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura.
E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo:
Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.
E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber.
E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.
E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita;
E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam.
Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração.
E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.

Todos Cantam o Hino (Nasce Jesus – 45).
Conclusão:
Paz na Terra

Intr.: 1. Ler Luc. 2:14…

2. O mundo anela a paz…

3. Porém, ela é tão escassa em nossos dias!…

4. Existem grandes temores e inquietações nos corações hoje…

5. Temor e inquietação por aquilo que acontece ou pode acontecer.

I. Houve um tempo neste mundo em que a paz era completa, real e perene.

A. Isto aconteceu no Jardim do Éden.

1. Havia paz com Deus…

a. O coração humano gozava perfeita serenidade.

2. Havia paz de consciência…

3. Havia serenidade física, pois as doenças, as dores e as mazelas da vida estavam ausentes.

4. Havia paz em a natureza e em toda criação animal.

B. No paraíso terreno todas as coisas eram abundantes e nada causava moléstias…

1. Não havia asquerosos pântanos nem áridos desertos…

2. O solo era fértil e produzia por toda parte uma luxuriante vegetação.

a. Graciosos arbustos e delicadas flores saudavam a vista aonde quer que esta se volvesse.

3. Nenhuma mancha de pecado ou sombra de morte perturbava a perfeita paz que reinava na formosa criação.

II. Porém, um dia a paz deixou de existir…

A. Adão e Eva pecaram…

1. Após a transgressão imaginaram haver entrado para uma condição mais elevada de existência.

a. Mas logo o pensamento do pecado cometido os encheu de terror.

b. O ar que até ali havia sido de uma temperatura amena e uniforme, parecia resfriar o culposo par.

2. Desapareceram o amor e a paz que haviam gozado…

a. Começaram a experimentar uma intuição do pecado, um terror pelo futuro, uma nudez de alma…

b. A veste de luz que os rodeava agora desapareceu…

c. Providenciaram então para si uma cobertura, pois enquanto estivessem nús, não podiam enfrentar o olhar de Deus e dos santos anjos.

d. Começaram então a ver o verdadeiro caráter de seu pecado.

3. Antes do pecado recebiam alegremente a aproximação do Criador…

a. Mas agora fogem aterrorizados.

b. Procuram esconder-se nos mais profundos recessos do jardim…

B. Após o pecado vieram as enfermidades, a fome, os sofrimentos e a morte…

1. Esta não era a vontade do Criador…

a. Porém, eles O desobedeceram.

b. Buscaram o mal.

2. Portanto, desde aquele tempo o homem seria afligido pelas tentações de Satanás…

a. Em vez da feliz e pacífica comunhão pessoal com Deus, a ansiedade e a labuta encheriam seus corações.

b. Estariam sujeitos ao desapontamento, pesares, dor, e finalmente à morte…

3. Este foi o resultado do pecado durante 4.000 longos anos…

III. Então, “vindo a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho” para nos trazer a tão almejada paz.

A. Curiosamente, um exército celestial, trouxe a doce mensagem de paz…

1. Cheios de júbilo e glória cantavam: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens” Luc. 2:14.

B. Nascia o Príncipe da paz…

1. Seu nascimento trouxe esperança ao mundo…

2. Através dEle multidões têm achado a verdadeira paz…

3. Porém, aqueles que não O aceitam nunca encontrarão essa paz.

a. Pois, “os ímpios não têm paz” Isa. 48:22 (A.R.C.).

4. Através de Sua crucificação o Príncipe da paz conquistou nossa paz…

a. Ler Isa. 53:5…

IV. A gloriosa mensagem dos anjos pode tornar-se realidade em nossa vida hoje…

A. Paz, duradoura e real é o dom maravilhoso de Deus para todo aquele que aceita a Jesus como Salvador.

1. Ao aceitá-Lo gozamos:

a. Paz com Deus através do perdão (Rom. 5:1).

b. Paz de consciência e coração (Efe. 2:13,14).

c. Paz por conhecer o Salvador eterno e a um Pai amoroso (Filip. 4:7,7).

d. Paz que provém da certeza de um glorioso futuro (Jo. 14:3).

Conclusão: 1. Cristo chorou sobre Jerusalém porque ela não queria aceitar Sua paz (Luc. 19:41-42).

2. Você conhece esta tão doce paz?…

3. Está disposto a desfrutá-la?…

4. Creia então, nAquele que nasceu, morreu e ressuscitou para poder oferecê-la a você…

5. Ele deseja ser a sua paz!…
Hino Final (Natal! Feliz Natal!)
Todos oram de Mãos dadas (Pai Nosso Cantado).

 

 

Antonio Carlos Ribeiro – Luterana, RJ
Fonte: Revista “Nosso Amiguinho”,12/1999, p.3-5 (Casa Publicadora Brasileira)

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