Retrato de um Jovem Adventista

Retrato do Jovem adventistaObjetivo do Programa: Mostrar que o verdadeiro jovem adventista é um cristão autêntico e dedicado.

Hino: ” Jesus, Não Eu”, no. 126 , Cantai ao Senhor.

Planos para o programa: O programa não tem como objetivo tratar essa questão de forma exaustiva. Trata-se de um tema estimulante que pode ser uma fonte de idéias e ações.

O pensamento de que o jovem adventista é um jovem especial deve ser enfatizado.

Ele é diferente, mas não esquisito. É alguém dedicado à tarefa de viver acima dos padrões de comportamento comumente aceitos; consagrado, sem ser farisaico; zeloso, mas não opressivo com os outros; seguro de si, mas não presunçoso; um candidato à trasladação e, ao mesmo tempo, alguém útil à comunidade.

INTRODUÇÃO

Os jovens adventistas são chamados a um elevado propósito e um nobre destino. A filosofia deste programa está fundamentada nas palavras do livro Educação, pág. 18: “Mais elevado do que o sumo pensamento pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus, é o alvo a ser atingido.”

Essa é a meta. No entanto, há pedras no caminho a ser trilhado pelos jovens -existem obstáculos a serem vencidos. Há tendências que tornam difícil a vida de um jovem cristão; estas são algumas:

1.. O comum tornou-se uma virtude;

2.. A normalidade é o ideal da maioria dos homens e mulheres;

3.. Estar fora da média, acima ou abaixo dela, é geralmente desaprovado;

4.. Os elevados padrões têm sido substituídos por conceitos relativos sobre o certo e o errado;

5.. As pressões – moral, social e econômica, são cada vez maiores e tendem a forçar o jovem à conformidade com os demais;

6.. A sociedade enaltece a média, o vulgar, fazendo ajustes e conformações, para que esse seja o alvo mais elevado da vida.

Essas condições são muito perturbadoras para os jovens adventistas do sétimo dia que desejam ser aceitos pela sociedade e, contudo, ser membros de uma igreja que proclama elevados princípios de conduta.

Hoje em dia há uma tendência para estabelecer questões morais pela comparação de nós mesmos ou de nosso comportamento, com aquilo que é comum aos outros, mesmo os demais membros da igreja. Em alguns lugares a questão não é: “Como um jovem deve se comportar?” , mas “como a maioria dos jovens se comporta?” “Se ficarmos na média, está tudo certo” – será que é isso mesmo?

O verdadeiro jovem adventista não pode se sentir seguro ou raciocinar que é tão bom quanto esta ou aquela pessoa. Seu exemplo deve ser Cristo; sua fonte de valores morais, a Bíblia; seu alvo, a perfeição. “0 Senhor deseja que (os jovens) atinjam o mais elevado grau de excelência. Deseja que alcancem o mais alto lance da escada, para que daí penetrem no reino de Deus.” (Mensagens aos Jovens, pág. 164).

(Cite exemplos de jovens que não foram subjugados pelas massas, que se recusaram a estar na média, como Daníeí, os três hebreus, Lutero, os pioneiros da mensagem do advento.)

Mantendo o nível

Os jovens adventistas são chamados a um nível superior. Eles devem ser superiores e manterem-se fiéis aos princípios de vida. O que é a verdadeira superioridade? Ela não consiste do status social, de relacionamentos familiares, do dinheiro, do vestuário ou coisas assim. Tampouco diz respeito à geniosidade ou talentos. Não é determinada por aquilo que você diz ou faz.

A verdadeira superioridade, presente nos jovens adventistas, pode ser identificada pelas seguintes características:

ESPÍRITUALIDADE

Os prazeres da mente têm precedência sobre os do corpo. Se você escolhe os sensuais, eles perecem; se você coloca suas afeições no Céu, buscando primeiro o reino de Deus e Sua justiça, você se identifica com o que é eterno.

O jovem adventista anda pelo caminho estreito; ele aprecia ler a Bíblia, tem prazer na criação de Deus, ama orar. Anseia pela habitação do Espírito Santo, se preocupa com as pessoas, e assim partilha sua fé.

SIMPLICIDADE

Quanto mais cultura uma pessoa possui, menos demonstração disso ela faz e assim não se exibe. A pessoa superior emprega palavras simples, possui hábitos simples, come alimentos simples, encontra prazer nos entretenimentos simples. Muito palavreado e luxo de todos os tipos são gostos partilhados por pessoas comuns.

Wiliiam Eilery Channing disse: “Viver contente com poucos recursos, buscar a elegância em vez do luxo, o refinamento em vez da moda, ser valoroso em vez de respeitável, ter abundância em vez de riqueza, estudar com afinco, meditar, falar com franqueza, prestar atenção nas estrelas e nos pássaros, permitír que

o espiritual, o espontâneo, o inconsciente cresçam acima do comum: ísso deve ser minha sinfonia”.

SERVIÇO

A pessoa superior deseja servir; a comum, ser servida. O jovem adventista possui esse instinto de serviço, essa alegria inata de fazer alguma coisa para tornar os outros felizes. Esse é o âmago da polidez, das boas ações e é evidenciado nos pequenos atos do comportamento. “Seja a bênção e salvação de outros o estudo de vossa vida.” (Mensagens aos Jovens, pág. 23).

Nem todos podemos ser grandes, mas todos podemos ser úteis, e ninguém que assim procede é um fracasso. “… O regatozinho que segue silenciosamente através de bosques e prados, levando saúde, fertilidade e beleza, é tão útil em sua marcha como o grande rio.” (Educação, pág. 11 7)

VIVA ACIMA DOS PRAZERES

É claro que o jovem adventista tem prazer. Ele gosta de comer, de brincar, aprecia a música e a arte. Porém a questão é: não importa quão intenso seja seu prazer em qualquer dessas coisas, nenhuma delas é maior que ele próprio. Elas são usadas por ele, não o dominam.

NUNCA AMARGURADO

O pessimismo é a filosofia da vulgaridade, é a vestimenta da covardia do espírito. Para o herói não há tragédia. Não importa como o mundo ou os acontecimentos conspirem contra ele, pois está acima de tudo isso. Os amigos podem se afastar, e o mal triunfar, mas nada disso o atinge.

Consideremos Jesus no Calvário. Quanto mais a injustiça dos homens é acumulada sobre Ele, tanto maior é a chama de Seu espírito majestoso. Aqui está a superioridade que nos deixa admirados e que nos inspira a ser grandes como Ele.

PUREZA

O jovem adventista ama a pureza mental e corporal. Ele evita a mentira, a fraude, a profanação e a obscenidade. Seus pensamentos são como raios solares. Suas paixões são honestas e não trazem vergonha. Suas palavras são íntegras e sua companhia é um refrigério como as águas tranqüilas. Não apenas ele é puro, mas faz com que outros se sintam puros em sua companhia.

NÃO SE EXIBE

Não está preocupado em que os outros o considerem mais inteligente, melhor ou mais capaz do que realmente é. Vangloriar-se, exaltar-se procurar as melhores posições, são coisas estranhas à pessoa superior.

CORTÊS

A cortesia não é atributo do fraco, mas do forte. Sempre, em todas as partes, a aspereza, a brutalidade, o tom de voz imperativo, o abuso, a violência e a austeridade, são as máscaras da impotência. É o bebê que grita, é o homem com um vocabulário deficiente que pragueja.

O silêncio é, muitas vezes, mais poderoso que o barulho. Na Bíblia, Deus se revelou a Eiias numa caverna: “Eis que passava o Senhor e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto; o Senhor não estava no

terremoto; depois do terremoto um fo

go, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave” (I Reis 19:1 1, 12). Deus se manifestou através desse cicio tranqüilo e suave.

HUMILDADE

Talvez possa se dizer muito sobre o orgulho; e ele, sem dúvida, tem sua utilidade. Mas é comum; 99% das pessoas o possuem. A vaidade é impelida por ele, bem como a ignorância e a indelicadeza.

O orgulho nada aprende, pois está detido por sua própria imagem. O orgulho é um pedinte à porta, esmolando o louvor. A humildade é real, não tem temor e não pede favor. As características da humildade são semelhantes às de uma criança que contêm as sementes da superioridade.

CONCLUSÃO

Há uma lenda sobre um príncipe que era corcunda. Ao crescer, ele tornou-se ciente de sua deformidade física. Certo dia, disse a seu melhor escultor: “Faça uma estátua minha, em posição ereta, a fim de que eu possa ver-me como poderia ter sido”.

Quando a estátua foi concluída, o príncipe pediu que fosse colocada num canto secreto do jardim do palácio onde pudesse contempiá-ia com freqüência. Mês após mês, ele ia sozinho ao jardim e contemplava a estátua, ansiando ser semelhante a ela.

Toda vez que fazia isso, alguma coisa parecia fazer com que seu sangue fervilhasse e o coração se agitasse. A medida em que o tempo passava, as pessoas começaram a dizer: “0 príncipe já não está mais tão corcunda como antigamente”.

Chegou o dia quando o príncipe foi ao jardim como de costume, e subitamente percebeu que suas costas estavam tão eretas quanto as da estátua! Ele tornara-se o homem que desejava ser.

Jovem, se você deseja ser feliz, se você deseja ser superior, se você planeja estar preparado, então olhe para cima, erga seus olhos, escolha Aquele que é o melhor exemplo; pois, ao contemplá-Lo, somos transformados.

FONTE: CENTRAL DE DIRETORES JA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *