OBJETIVOS DO PROGRAMA
Desenvolver maior apreciação pelos hinos e pelas mensagens que eles nos trazem.
PLANOS PARA O PROGRAMA
Diferentes pessoas podem contar as histórias dos hinos e depois de cada história, a congregação pode cantar o hino do qual se falou.
Pedir para a congregação trazer o Hinário Adventista do Sétimo Dia.
INTRODUÇÃO
Os hinos que cantamos só podem ter algum significado para nós se nos comunicam algo que nos dê satisfação em nossa vida cristã. Muito freqüentemente, entretanto, cantamos os hinos por hábito, meramente repetindo as palavras, sem captar a mensagem que eles encerram.
Se soubéssemos o que inspirou a redação de muitos hinos, eles teriam um novo significado para nós. Hoje vamos falar alguma coisa a esse respeito.
HINOS
OH, QUE AMIGO EM CRISTO TEMOS
John Scriven, nascido em Dublin, Irlanda, em 1820, passou os primeiros anos de sua vida em sua terra natal. Era homem bem instruído e aos 22 anos recebeu, da
Universidade de Dublin, o grau de Bacharel em Artes.
Certo dia, porém, a tragédia, deu-lhe um rude golpe, influenciando resto de sua vida.
Na véspera de seu casamento, sua noiva uma jovem irlandesa, morreu tragicamente afogada e por causa disso ele se tornou um homem triste e melancólico. Logo após este incidente. Ocorrido em 1845, ele emigrou para o Canadá.
Seriven era muito benquisto nas redondezas de Porto-Esperança, onde morava. Sua vida foi exemplar e ele se dedicou grandemente às obras de caridade. A maior parte do seu dinheiro dividia com as pessoas necessitadas. Dizem que até muitas de suas próprias roupas ele dava aos pobres.
Era comum vê-lo fazendo árduas tarefas manuais para os pobres. Ele cortava madeira para viúvas pobres e pessoas inválidas, que não tinham como pagar. Em sua vida muitos puderam ver a Cristo.
Em 1855 Scriven recebeu uma carta de sua mãe, comunicando-lhe que estava gravemente enferma e muito aflita. Derramando sua alma perante Deus numa oração, sentou-se e escreveu a poesia “Orai Sem_Cessar”, que começava assim:
“Oh, que amigo em Cristo temos,
Mais chegado que um irmão.
Quer que tudo nós levemos
Ao bom Deus em oração.
Oh, que paz perdemos sempre
Oh, que dor de coração.
Só porque não recorremos
Ao bom Deus em oração.”
Essa simples poesia foi escrita para confortar sua mãe. Não foi escrita com a intenção de vê-la cantada por milhares e milhares de crentes, que nela encontraram um dos hinos prediletos do cristianismo.
Outro golpe rude feriu a vida de John Scriven, Em 1860, ele conhecera Eliza Roche, filha única de um oficial da marinha canadense. Ficaram noivos. Antes de se casarem, porém, ela adoeceu e ficou tuberculosa vindo a falecer desta enfermidade.
Em 1886, já com o corpo cansado e a alma abatida pelas tragédias e sofrimentos da vida, passou seus últimos dias de vida na cidade de Bewdley. no Canadá.
Um amigo, em cuja casa Scriven estava hospedado, o Sr. Jayme Sackville encontrou no álbum de Scriven a poesia “Orai Sem Cessar”.
Impressionado com a bela e significativa poesia, perguntou quem a havia escrito. ao que Scriven respondeu: “O Senhor e eu a fizemos juntos”.
Algum tempo depois, Scriven, bastante enfermo e talvez em certo delírio por causa da febre alta, saiu do quarto e caminhou em direção a um ribeiro a menos de 30m da residência onde ele estava. Até hoje ninguém sabe ao certo o que aconteceu. O fato é que Scriven foi encontrado morto. como se estivesse em oração (em uma camada de água que tinha apenas 15 cm de profundidade).
Os habitantes de Bewdley e suas mediações erigiram 3 monumentos à memória desse humilde e triste emigrante que veio da Irlanda e proporcionou tanta alegria a tantas pessoas.
NARRADOR 4
A REVELA ÃO DA ÇRUZ
Um dos nomes mais importantes na música da igreja é o de Isaac Watts.
Nascido em 1674 em Southampton, foi um menino enfermo. No entanto, começou a estudar latim com nove, grego e francês com onze e com treze hebraico! Amava a poesia e diz-se que grande parte de sua conversação infantil brotava espontaneamente com rima e metro. Seu pai logo cansou de ouvi-lo falar dessa maneira e lhe pediu que não o fizesse mais. O jovem Isaac era incorrigível e seu pai decidiu recorrer a surra. Em meio as lágrimas o menino exclama:
“Oh, papai, tenha um pouco de compaixão, e dos versos não farei repetição”
Quando tinha quinze anos, o jovem poeta voltou seus talentos ao trabalho de sua igreja. Naquela época, os cristãos da Inglaterra só cantavam os salmos do Antigo Testamento, os quais eram introduzidos por um cantor, que era o oficiante eclesiástico com essa tarefa, e a congregação repetia o que ele cantava, linha por linha. Isaac comentou: O louvor a Deus é da adoração que mais se aproxima do céu, mas entre nós é a da terra!”
Diante disso seu pai o exortou firmemente:
“Jovem, dê-nos algo melhor” Isaac aceitou o desafio e como ministro da igreja, escreveu mais de 600 hinos, incluindo “A Revelação da Cruz”.
BENDITA SEGURANÇA
Em um cemitério em Bridgeport, Connecticut, encontra=se uma tumba simples onde se lê: Tia Fanny. Ali jaz uma mulher notável, cega quase desde o nascimento, que é talvez a mais importante autora de hinos evangélicos dos últimos quatrocentos anos. De quanta inspiração tem sido para muitos seus hinos!
Fanny Crosby nasceu em 24 de março de 1820 e morreu em 12 de 1915. Era menina quando perdeu a visão por um erro cometido pelo médico da família. No entanto, enquanto era ainda adolescente. Escreveu estas linhas:
“Oh, quão feliz eu sou! Ainda que não possa ver, estou decidida a viver contente neste mundo. Quantas bêncãos desfruto que outras pessoas não têm! Não posso suspirar e chorar porque sou cega, e tampouco o farei no futoro”.
Fanny escreveu seu primeiro hino quando tinha oito anos e ainda estava escrevendo aos 95. Durante sua vida escreveu mais de oitocentos hinos. Foi uma mulher encantadora e notável. Nunca buscou simpatia para si mesma; andava a cavalo, subia em árvores, participava ativamente em jogos com outras crianças, ensinou no Instituto para Cegos de Nova York e casou-se ali com um colega.
Seus cânticos incluem, entre outros, “O Deus Eterno Reina”, “Remido por Seu Sangue”, “Salvo em Jesus”, “Bendita rança”, “Quero Estar ao Pé da Cruz”.
Em uma arte da lápide da tumba de Fanny Crosby aparece uma frase que para o observador casual pode passar facilmente desapercebida. Diz assim: ‘Esta fez o que podia”.
NARRADOR 6
Ó JESUS, MEU BOM PASTOR
Carlos Wesley escreveu durante sua vida, aproximadamente 6.500 hinos. Muitos deles foram escritos enquanto viajava a cavalo para fazer seu trabalho pastoral e evangelístico Outros foram escritos enquanto viajava de trem ou em diligência, e alguns, em sua cama.
Diz-se que enquanto jazia enfermo pouco antes de sua morte, ele ditou seu poema final à sua esposa. Atualmente cantam-se uns duzentos de seus hinos, o que é algo notável, dificilmente igualado por qualquer outro autor de hinos.
Um dos hinos mais conhecidos de Carlos Wesley é “O Jesus, Meu Bom Pastor”,
Certo dia, segundo conta a história, enquanto Carlos estava sentado junto a uma janela aberta, cansado pelos trabalhos do dia, e um pouco desanimado, viu um passarinho que voava em sua direção, ao ser perseguido por um falcão. Sem vacilar, a avezinha buscou refúgio na mão estendida de Wesley. Ali o passarinho sentiu-se perfeitamente seguro e sem temor, e a Wesley pareceu que este incidente ilustrava sua própria situação em relação ao Salvador. Como resultado, escrev
eu esse maravilhoso hino.
HINO VEM ALMA CANSADA – Nº 388
A autora deste cântico era filha de um ministro. Quando escreveu estas linhas, vivia com seu irmão a quem muito amava. Ele era ministro também, e tinha todos os problemas e encargos comuns à vida de pastor. Para ele ela confiava todas as suas alegrias e tristezas.
Certo dia, após revelar-lhe uma provação especial pela qual estava passando, sentiu-se reprovada pela consciência por havê-lo sobrecarregado desnecessariamente, quando ele já tinha tantos problemas. Parou em frente à janela aberta, e viu as longas e pesadas sombras projetadas pelas árvores no gramado, e um pensamento lhe veio à mente: “foi exatamente isto que fiz para meu irmão! Lancei sombras sobre ele. Porque é que fiz isto? Porque não enterrei minha própria dor, e não permiti que apenas palavras de luz e alegria chegassem aos seus ouvidos?”
Com tais pensamentos e com lágrimas de arrependimento retirou-se para seu quarto, no sótão, e lá escreveu o cântico que tem sido tão abençoado. No original há a expressão: “vai enterrar a tua dor”.
A música é de P. Bliss, compositor de muitos outros hinos do Hinário Adventista. Ele encontrou a poesia original nun jornal, arranjou-a e musicou-a.
Este hino tem sido uma bênção para muita gente, ao longo dos anos. Contudo ele encerra uma mensagem especial para os pastores que vivem carregando a dor das pessoas, ao mesmo tempo que precisam levar seus fardos ao Senhor e continuar levando aos outros a luz, a paz e o perdão.
TUA CRUZ EU TOMO 328
Henry Francis Lyte nasceu em 1 de junho de 1793, em Ednam, Escócia; ele era órfão e estudou como aluno bolsista no Colégio Trinity, em Dublin. Durante um tempo pensou em fazer medicina e posteriormente mudou para Teologia. Após formar-se, serviu em várias paróquias na Irlanda e Inglaterra, incluindo a paróquia Marazion, em Cornwall, onde passou por uma grande mudança espiritual.
Em 1823 Lyte tornou-se pastor em uma pequena vila de pescadores ¾ Lower Brixham, em Devonshire, Inglaterra ¾ onde ficou por 24 anos até seu falecimento em 1847. Quando o Rei Guilherme IV visitou Brixham, ficou tão encantado com a recepção que a igreja lhe ofereceu que deu a casa em Berry Head, que dava vista para Torbay, a Lyte como sua residência. Aí foi escrita a maioria de seus hinos, muitos tirados das coleções de suas poesias. Lyte dedicou-se inteiramente a esse rude povo do mar. Em certa ocasião ele tinha cerca de 800 crianças na escola dominical, com cerca de 70 professores. Devido à sua vida muito atarefada, sua saúde debilitou-se e, a despeito de ir a Riviera para recuperar-se de uma tuberculose, morreu em Nice, no dia 20 de novembro de 1847, aos 54 anos. O Hinário Adventista contém outros dois hinos de Lyte.
O tema deste hino se encaixa na experiência de Anne Maxwell, filha de um clérigo anglicano, que foi forçada a deixar seu lar por haver-se unido à Igreja Metodista. Tempos depois ela casou-se com Lyte.
“Tua Cruz Eu Tomo” foi incluído em todos os principais hinários adventistas desde que foi compilado por Tiago White, em 1849. Em pelo menos duas ocasiões, nas cartas escritas por Ellen White, ela cita as duas primeiras linhas do hino. (Carta 109, 1890 e Carta 32, 1895). Esta última carta foi escrita a uma desalentada irmã que necessitava de encorajamento. Ellen White lhe disse:
“Cada um de nós tem sua cruz a levar; mas levemo-la após Jesus, sentindo-nos altamente honrados de segui-Lo e de cantar enquanto prosseguimos, `Tua cruz, Senhor, eu tomo para andar no teu querer.’” ¾ Carta, 32, 1895.
Sendo que nossos primeiros hinários adventistas não incluíam a música, apenas palavras, não se sabe que melodia os pioneiros originalmente usaram quando cantaram o hino. Contudo, desde que foi publicado pela primeira vez o Hymns and Tunes, em 1886, a melodia ELLESIDE, que dizem haver sido escrita por Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), tem sido usada. A melodia foi publicada em 1831 com apenas duas partes, uma melodia e um grave; Hubert Platt Main completou a harmonia em 1873. ¾ Adaptado de Wayne Hooper e Edward E. White, Companion to the Seventh-day Adventist Hymnal, pág. 48, 345 e 346. Usado com permissão.
SAUDAI O NOME DE JESUS – 72
Edward Perronet (1726 -1792) Oliver Holden ( 1765 – 1844)
Este hino apareceu pela primeira vez no “Gospel Magazine”, em 1779 e 1780, sob o título: “On the Resurrection, the Lord is King (Na Ressurreição, o Senhor é Rei), baseada em Apocalipse 19:16. Foi publicado novamente em “Occasional Verses, Moral and Sacred, Published for the Instruction and Amusemment of the Candidly Serious and Religious, 1785”.
Um incidente relacionado com este hino é relatado a respeito de E.P.Scott, que foi para Índia como missionário. Ele levou seu violino consigo, e enquanto visitava uma tribo assassina nas montanhas, foi repentinamente rodeado por esses nativos que apontavam suas lanças para o seu peito. Ele esperava morte instantânea e desta forma, fechou seus olhos, tomou seu violino, cantou e tocou “Saudai o Nome de Jesus”, com a melodia de Miles Jane. Quand oabriu os olhos, os nativos estavam quietos e desejosos de recebê-lo. Ele trabalhou entre eles por vários anos.
“Coronation” (Coroação) foi composta para esse texto em 1793 por Oliver Holden. É uma das mais antigas melodias de hino americanas, e apareceu no “Union Harmony”. Uma melodia igualmente boa é “Miles Lane” composta por Willian Shrubrgle.
SANTO SANTO SANTO – 18
Reginald Heber nasceu na Inglaterra, educou-se em Oxford, onde recebeu o prêmio da Universidade por um poema latino. Aos vinte e quatro anos entrou para a obra do ministério em Hodnet. Mais tarde foi chamado para a diocese de Calcutá, onde trabalhou por três anos. Sua vida foi encurtada por afogamento em 1826.
Heber preservou sua pureza de vida e sua reverência, num mundo de vício e pecado. Alguém disse dele: “Se o seu coração fosse coberto apenas por um vidro, ninguém necessitaria temer ler os seus pensamentos, de tão puros que são.”
Esta é a razão porque podia aproximar-se de Deus com a mais sagrada frase: “Santo! Santo! Santo! Senhor Deus Todo Poderoso!” Lemos em “Early Writings”, (Primeiros Escritos): “As palavras Deus Todo Poderoso são juntadas e usadas por alguns em oração de maneira irrefletida e descuidada, o que Lhe é desagradável. Tais pessoas não possuem o senso de Deus ou da verdade, senão, não falariam tão irreverentemente do grande Deus, que breve irá julgá-los no último dia. Disse o anjo: “Não as associem, pois terrível é o Seu nome”. Os que compreendem a grandeza e a majestade de Deus tomarão o Seu nome nos lábios com santo temor”. Pág. 122
Este hino é a mais solene expressão de culto, e deveria ser cantado reverentemente.
A música de Dykes é apropriada, rica em harmonia e altamente expressiva. Ganharia muito se o cantássemos reverentemente e atentos como se estivéssemos na presença divida.
REFÚGIO EM TEMPORAL 377
Vernon J. Chralesworth Franklin Edson Belden (1839-1915) (1858-1945)
Sankey encontrou este cântico num pequeno jornal publicado em Londres, chamado “O Estafeta”. Dizia-se que era um cântico favorito dos pescadores da costa norte da Inglaterra, que freqüentemente, o cantavam ao se aproximarem dos portos em tempo de tormenta. Como a música estava num místico tom menor, resolveu compor uma que fosse mais viva e que pudesse ser mais facilmente cantada pelo povo.
QUEREMOS DAR LOUVOR 497
Narração de Marcello Fundão: Este inspirador hino, em verdade uma oração cantada, foi composto por Ariney de Oliveira, para o Campori de Desbravadores da Divisão Sul Americana, realizado no Parque de Exposições de Ponta Grossa, Pr., em janeiro de 199
4. Naquela ocasião eu era o responsável pela programação musical do evento. Fui à casa dos pais da Alessandra, esposa do Ariney, e durante um gostoso jantar, conversamos sobre a música especial que pretendíamos usar antes dos sermões para os adolescentes. Deveria ser uma composição capaz de atrair o inquieto auditório adolescente ao mesmo que tempo que deveria criar o clima para a adoração e o estudo da Bíblia. Menos de um mês depois me encontrei com o querido casal de músicos em uma sala da Igreja Central Paulistana. Alí ele foi ao piano e acompanhou a esposa que cantou esta música. Todos entendemos que mais uma vez Deus havia usado Seus instrumentos humanos para produzir algo inspirador. A composição entrou na coletânea do evento, uma versão em espanhol também foi publicada, e, desde então, ela se tornou um dos mais queridos cânticos dos Jovens Adventistas.
CONCLUSÃO
Cada hino tem sua história. E todos eles trazem mensagens de Deus para nós. Procure percebe-las ao cantar na igreja, em casa ou em qualquer outro lugar.
EXTRAIDO DE: http://www.centraldediretoresja.kit.net/
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