Objetivos do Programa: Os jovens aprenderão princípios de mordomia.
Introdução
Há uma área de nossa caminhada cristã onde Deus nos pediu para prová-lo.
“Traga todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa. Provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Malaquias 3:10).
Desenvolvimento
Que Desafio!
Um homem no final de seus 50 anos entrou em meu escritório em 1996 e depois de se apresentar, me disse algo que nunca mais me esqueci: “Pastor”, ele disse, “eu não devolvo o dízimo para a igreja. Eu parei faz muito tempo”. Eu não respondi à sua declaração, mas em vez disso olhei para ele e disse: “Obrigado por compartilhar isso comigo”.
Percebendo que eu não reagi como ele esperava, olhou para mim e com um tom de voz forte disse: “Você não se importa com o fato de eu não devolver o dízimo?” Eu respondi rapidamente e disse que me preocupava, mas que estava chocado em ouvir o que ele disse e queria dar-lhe uma chance de me contar o porquê.
Enquanto conversávamos, percebi que existiam certas questões em sua mente que não estavam claras quanto ao dízimo e o que ele realmente precisava era um estudo bíblico completo sobre dízimos e ofertas. Ele precisava de respostas para questões tais como:
l Devolver o dízimo é um mandamento?
l Por que devolvemos o dízimo para a igreja?
l Faz alguma diferença se não devolvermos o dízimo?
l O que realmente eu perco se não devolvo o dízimo?
E muitas outras perguntas.
Há muitas pessoas que possuem dúvidas semelhantes às desse homem. O programa de hoje tentará responder a algumas dessas dúvidas.
O Dízimo começa com um relacionamento
O ensinamento bíblico sobre o dízimo veio de Deus e foi dado a seus filhos. Como todos sabemos, quando Deus criou o homem, Ele criou um ser “à Sua imagem”. Deus queria que o homem continuasse sendo Sua imagem, o que significava simplesmente ter um relacionamento reto com Deus, um relacionamento de amor. Quando o homem pecou e separou-se dos caminhos de Deus, os mandamentos que Deus deu ao homem foram dados baseados num contexto de um relacionamento de amor que Deus tinha com o homem. Deus não queria desistir do homem, pois “Deus amou o mundo de tal maneira que Ele deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
É no contexto deste relacionamento de amor que Deus dá todos os Seus mandamentos, incluindo o princípio do dízimo.
Com certeza Deus não precisa de nossos dízimos ou ofertas. A Bíblia confirma isso dizendo: “Escute, meu povo, o que vou dizer. Vou ser testemunha contra você, povo de Israel. Eu sou Deus, o seu Deus.
Não vou repreendê-los por causa dos sacrifícios e das ofertas que vocês sempre me trazem. No entanto, eu não preciso dos touros das suas fazendas nem dos cabritos dos seus rebanhos. Pois os animais da floresta são meus e também os milhares de cabeças de gado espalhadas nas montanhas. São meus todos os pássaros dos montes e tudo o que vive nos campos. Se eu tivesse fome, não pediria nada a vocês, pois o mundo é meu e tudo o que nele há” (Salmos 50:7-12).
Todos nós sabemos que Ele nem mesmo usa esse dinheiro, mas por que motivo então Ele diz isso?
Assim como o mandamento do sábado nos pede para separar um dia entre os sete para nos relacionarmos com Ele, também o princípio do dízimo nos pede para separar um décimo de tudo o que recebemos e dedicar à obra de Deus para que possamos expressar nossa apreciação por Deus e agradecer a Ele pelas bênçãos da vida. “Honre ao Senhor com teus bens e com as primícias de toda a tua renda” (Provérbios 3:9).
“A décima parte das colheitas, tanto dos cereais como das frutas, pertence ao Deus Eterno e será dada a ele. Se o dono quiser tornar a comprar alguma porção desta décima parte, pagará o preço marcado, mais um quinto. De cada dez animais domésticos, um pertence ao Deus Eterno. Quando o dono contar o seu gado e as suas ovelhas e cabras, cada décimo animal pertencerá ao Deus Eterno” (Levítico 27:30-32).
Você observará que Deus pede um décimo de todas as bênçãos que nos concede. Isto significa que ele já nos abençoou com o produto da terra ou com animais e para nos lembrar que as bênçãos vieram dEle, Ele nos pede um dízimo de nosso produto, de modo que, ao dizimarmos, saibamos que tudo provem de Deus e que nós O agradecemos por tais bênçãos.
“Portanto, não pensem que foi com a sua própria força e com o seu trabalho que vocês conseguiram todas estas riquezas. Lembrem-se do Deus Eterno, o nosso Deus, pois é ele quem lhes dá forças para poderem conseguir riquezas. Vocês estão vendo que assim ele está cumprindo o acordo feito por meio de juramento com os nossos antepassados” (Deuteronômio 8: 17, 18).
Sim, o relacionamento de uma pessoa com Deus não é saudável se ela decidir não reconhecer as bênçãos de Deus recusando-se a devolver o dízimo. Por quê? Ao abster-se de devolver o dízimo ao Senhor, o homem se privará da bênção de enriquecer um relacionamento de amor.
As bênçãos do Dízimo
Ficará uma pessoa pobre por tirar dez por cento de seu salário e devolvê-lo como dízimo? A resposta é NÃO. E para provar esta resposta, Deus disse: “Provai-me nisto” (Mal. 3:10). Muitos testemunhos são dados por aqueles que estabeleceram um relacionamento de fé com Deus no qual o dízimo se tornou um estilo de vida. Eles testificaram que têm sido abençoados e que nunca ficaram mais pobres do que antes por serem dizimistas.
Isto é ilustrado na história dos israelitas. A Bíblia diz que durante o tempo de Ezequias, quando o povo começou a prática do dízimo, eles foram abençoados. “Logo que a ordem do rei foi anunciada, o povo deu generosamente a melhor parte do seu trigo, vinho, azeite, mel e de todos os outros produtos das suas plantações; trouxeram também em grande quantidade a décima parte de tudo o que tinham. Os que moravam em Israel e os moradores das outras cidades de Judá também trouxeram a décima parte dos seus touros e dos seus carneiros e a décima parte de tudo o que tinham dedicado ao Eterno, o seu Deus, e juntaram as coisas em grandes montões. Começaram a amontoar as ofertas no terceiro mês e terminaram no sétimo mês. Quando Ezequias e as altas autoridades foram ver aqueles montões de ofertas, louvaram ao Deus Eterno e elogiaram o povo de Israel. Ezequias falou com os sacerdotes e os levitas a respeito daqueles montões e o Grande Sacerdote Azarias, descendente de Zadoque, respondeu: – Desde que o povo começou a trazer todas estas ofertas ao Templo, nós temos tido bastante para comer, e tem sobrado muita coisa; o Deus Eterno tem abençado o seu povo, e por isso temos comida até demais” (2 Crônicas 31:5-10).
Note que o povo tinha o suficiente para comer, abundância para dividir e uma grande quantidade de sobras.
Jesus, quando esteve na Terra, encorajou as pessoas a continuarem dizimando. Ele apenas os lembrou que precisavam cumprir com outras obrigações de amor e justiça e não apenas dizimar. “Ai de vocês, professores da Lei e fariseus, hipócritas! Pois dão a Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas deixam de obedecer aos ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a bondade e a obediência a Deus. Vocês deviam fazer estas coisas sem desprezar aquelas” (Mateus 23:23).
Conclusão
Jovens e adultos, provem a Deus. Ele não muda e é fiel naquilo que prometeu. Provai-O e vêde o que Ele pode fazer.
A Borboleta
Certo homem observava um casulo quando percebeu nele uma pequena abertura. Ele observou a borboleta por várias horas, se esforçando para passar seu corpo através daquele pequeno buraco. Então parecia que ela t
inha parado de fazer qualquer progresso.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir além. Então o homem decidiu ajudar a borboleta. Ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.
A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo era pequeno, estava murcho e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar o corpo.
Porém, nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo de o fluido do corpo ir para suas asas, de forma que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.
Se Deus nos permitisse passar através de nossa vida sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.
Nós não seríamos tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar. v
Eu pedi força… e Deus me deu dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi sabedoria… e Deus me deu problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade… e Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem… e Deus me deu perigo para superar.
Eu pedi amor… e Deus me deu pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores… e Deus me deu oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi… Mas eu recebi tudo de que precisava.”
Autor: Pardon Mwansa – Presidente da Divisão África Oriental.
Fonte: Revista “Ação Jovem” II Trimestre de 2003
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