Livre Outra Vez

Parte I

• Louvor
• Abertura
• Sorteios
• Notícias JÁ

Parte II

Apresentador:

Houve um tempo em que o ser humano era livre. Sua presença imponente e nobre marcava toda a extensão do vasto planeta recém criado. Toda a Natureza convivia de forma harmônica, bela e feliz e o homem, ah! o homem, desfrutava das maravilhas criadas!
No entanto, uma nuvem pairou sobre a felicidade existente: fez-se sombra, o sol escondeu seu claro brilhar. Uma decisão foi tomada e o primeiro elo de uma corrente infindável foi forjado – o homem, antes tão livre e soberano, tornou-se escravo da própria existência!
Não mais cânticos, não mais risos, não mais inocente viver!
Houve um tempo em que o ser humano foi livre! Tempo remoto, distante, inatingível. Tempo onde houve a felicidade plena. Agora, é tempo de acorrentar-se. Tempo de não conseguir livrar-se dos elos forjados na fornalha da vida. Tempo de sobreviver prisioneiro da própria ilusão de liberdade. Será este tempo, um tempo sem fim?

Personagens

Recursos: 2 mesinhas, cadeiras ou sofás, divãs para todos os participantes, raque com a tv, livros, computador, e correntes para todos os participantes, Bíblias e folhetos para todos.

1. Dependente Intelectual – 
(entra pelo corredor, apressada e indignada)

“Que absurdo! Religião. Já dizia Carl Marx que “religião é o ópio do povo”. Coisa de fracos e oprimidos. Vamos cair na real: religião é o maior faz-de-conta:se a maioria acreditasse na graça, tava todo mundo abrindo o jogo o problema da religião é que ela toma o tempo com besteiras. É muita perda de tempo prefiro ficar em casa lendo ou bater um papo com alguém que aprecie uma conversa franca, de mero reconhecimentos e sem preconceitos. A igreja é muito medíocre. É uma das comunidades mais medíocres que eu conheço. Religião é o cúmulo da ignorância, da pretensão e da repressão, um anti-sanatório onde quem está meio doente vira completamente doente.”

(Fica pensativa folheando o livro…)

“Às vezes me sinto tão só…(pausa)
Logo abandono esta idéia absurda da solidão. A Ciência está aí para fazer-se entender. Vou é estudar mais. Quem sabe consigo provar cientificamente que a religião é realmente inválida. O que não pode ser comprovado pela Ciência, é fantasia. E fantasia não traz progresso e melhoria do gênero humano.”

(pega a corrente e se “acorrenta” à mesa de estudos)

2. Dependente Social/Indeciso – 
(fale pausadamente, como se não soubesse bem o que dizer)

“Sei lá. Cada um diz uma coisa. Até que achava legal aquele lance de ir à igreja aos sábados. Mas, sou um em um milhão. Ser diferente? Não sei não. É muito complicado ter que ficar dando explicações. E, com quem sairia? A galera sempre está saindo e se divertindo. Eu vou sobrar?Que nada. O pior é que não sei o que fazer. O Carlos diz que o espiritismo é ótimo, já a Ana, é protestante. O Marco, cara gente fina, diz que não é nada disso: o que importa é nosso relacionamento com o Cosmos. O negócio é o seguinte: para não ficar difícil, vou ligar para ver quem vai sair hoje. Não tenho tempo a perder. Depende de quem for, eu digo uma coisa diferente. Só não quero ficar sozinho. Dependo dos meus amigos para viver e ser feliz. Eles são tudo para mim. Aliás, quem eu sou mesmo? Tem horas que nem eu me entendo…”

(acorrenta-se a palavra “Amigos”, previamente preparada em EVA, grande)

3. Dependente de Adrenalina – 
(venha com “aquele” camuflado, mochila, cordas, mosquetão, oito…)

Entra pelo corredor central: “Irra!” Demais! (animado, gritando)
Quem precisa de maior emoção que a de curtir a vida? Pura adrenalina!!!

Senta. Fica impaciente rapidamente. Pega a Bíblia e tenta ler. 

Fala: 

Tô fora! Não tenho tempo para isso. Com um dia como esse ficar parecendo velha lendo e rezando? Fui! Vou curtir. A Vida precisa de emoção. Medo. Sensação. Se morrer voando ou saltando, que seja. Não posso é ficar aqui. 

(Acorrenta-se aos equipamentos)

4. Dependente da TV –

Entra, senta, pega o controle e começa a procurar um canal que interesse. 
Para, levanta, anda impaciente e volta para a TV. 
Olha a Bíblia, livros, revistas e… volta para a TV.
O tel.toca. Atende e diz: 

“Não, não dá para sair. Estou muito ocupado. Fica para a próxima.”

(abraça a TV de modo a demonstrar todo seu apego)

5.Dependente da Música – 

Entra com disk man ou mp3, fone no ouvido e agindo como se estivesse “curtindo o maior som”. 

Fica sentado , ouvindo música em total concentração (balance a cabeça no ritmo…)
Olha para a Bíblia e hinário na mesa. Levanta, pega dá uma folheada e, coloca os fones de novo.
Diz: 

“Essa é da hora!” Depois leio. Agora, vou curtir meu som.

Se “acorrenta” ao som.

6. Dependente tecnológico –

Entra e senta na mesa com computador. Liga e começa a trabalhar como se estivesse conectando. Liga a webcam, sorri sozinho, fica sério. Como se estivesse em altas conversas pelo MSN. 

Olha para a Bíblia,hinário, livros e revistas ao lado. Diz:

“Com tanta tecnologia tem gente que ainda perde tempo com livros velhos. Tecnologia é tudo. Sem ela não sou nada.” 

Se concentra novamente no PC, acorrentando-se simbolicamente.

ENTRA JOVEM – ANGUSTIADO
(venha gritando pelo corredor central)

Ai, quem me livrará do corpo desta morte? Pois o bem que quero, esse não faço mas o mal que não quero, este faço!” (senta-se ao chão em atitude de desânimo total)

7. Dependente da Moda – (frívolas) 
(tragam revistas e acessórios de moda. Folheiem enquanto conversam. Mantenha a postura de “pat”.

1. Amiga, vc deu uma espiada na reportagem da SP Fashion Week?
2. Está divina! Não sei como vamos fazer mas, temos que conseguir entrar nesta nova tendência. 
1. Falando em tendência… viu a tendência ao brega fashion daquelas metidas a crentes moderninhas?
2. Nem me fale, não combinam coisa com coisa…
1. Nossa, a hora passou e não decidi com que roupa saio hoje à noite. 
2. Vamos pensar: noite, cores, tendência…
1. Precisamos fazer compras agora! Não tenho nada para vestir.
2. Que tragédia! Ainda conseguimos pegar o Shoping aberto. O que não podemos é repetir roupa… Cafona demais.
1. A gente não ia dar uma olhada na lição?
2. Que é isso! Não temos tempo para estas antiguidades. Depois, o que vão falar de nós? Anda logo!

(saem apressadamente para o Shoping e voltam com sacolas)

8.Dependente do Trabalho –
Secretária e Executiva: virem a caráter. A Executiva entra com pasta, papelada, se tiver nootbook. Senta e começa a trabalhar. 

Secretária: Com licença, sua mãe está ao telefone. Transfiro a ligação?

Executiva Diga que viajei de última hora. Não posso parar agora.

(Secretária sai e volta em instantes)

Secretária: Confirmo sua presença na festa surpresa da Ana?

Executiva: compre o presente e assine meu nome em um cartão. Faça uma escolha apropriada. Ligue avisando que não pude comparecer.

(Secretária sai e volta em instantes)
Secretária: Com licença, outra vez. Têm um senhor aí. Disse que é o pastor da sua igreja. Posso fazê-lo entrar?
Executiva: Nem pense nisso! Era o que me faltava. Com tanto trabalho a
fazer parar para ouvir um pastor. Não dá. Invente alguma coisa. Não estou para ninguém. E, não tenha o trabalho de vir até aqui só para ouvir que “não posso parar agora”. Afinal, alguém tem que trabalhar e ganhar dinheiro por aqui. Pode sair. 

9. Dependente de Filosofias Modernas –

(virem estilo indiano, zen0

Sentam-se tranqüilamente, concentrados como em meditação.

I: Que paz e harmonia! Sou uma com o Universo. 

II: E eu quem sou? Sinto que preciso esquecer de mim como algo separado: eu sou a poeira do universo, e o universo todo num grão de poeira porque deveria temer? Só se eu não esquecer de mim… 

I: Esquecer de nós mesmos é só um efeito de nossa tentativa de ser algo separado e eu que apenas não-não-sou, me largo num silêncio que diz tudo.

II: E eu, eu sou um animal feito de símbolos, um existente na linguagem dizem que no estado máximo de meditação nos libertamos totalmente dela? já tentei e não deu, acho que estou perdido e feliz neste universo sem fim.

Entram vários jovens com Bíblias e folhetos e entregam para os participantes que DEVEM ESTAR SENTADOS À FRENTE. 

Se tiver, um pianista se dirige ao piano/teclado e começa a tocar: “Entrada Jesus Quer em Teu Coração”. Alguém canta a primeira estrofe. 

Todos começam a ler com muita concentração.

JOVEM ANGUSTIADO levanta suavemente a cabeça. Recebe o folheto e lê com atenção. Ajoelha-se.

(Todos ajoelham-se em profunda reverência)

JOVEM ANGUSTIADO “A Verdadeira Liberdade só existe em Jesus. Ele quer te ver livre para sorrir, cantar e viver a vida plena que Ele preparou para vc. Deixe que Ele entre em teu coração. Diga, agora, que quer ser independente de tudo que te prende. Eu posso dizer que é real. Eu disse ao Senhor que (LIBERAR PLAY-BACK- “AOS SEUS PÉS”) estou fraco, quase a perecer… e Ele me ouviu.”

Começa a cantar: “Aos Seus Pés” – (Iglesias) todos cantam juntos o refrão

Apresentador:

“Sim! Existe uma esperança de liberdade plena outra vez! Jogue as correntes que te prendem! (LIBERAR O PLAY-BACK “LIVRE OUTRA VEZ”)O Mestre chama e Ele diz: 

convidar outro jovem para cantar: ao chegar ao coro, dirigir-se a cada um dos participantes, um de cada vez. Um a um os participantes vão jogando ao chão as correntes e abandonando os objetos ou símbolos que os prendiam.

Apelo final : “Verdadeira liberdade só pode ser encontrada na submissão completa à vontade de Deus. O Seu amor é infinito e supremo demais, o Seu jugo é suave e Seu fardo é leve. Não quer entregar-se a Ele, neste momento e dizer-Lhe: “Senhor, escolho ser Teu para sempre. Vou contar ao mundo que “já fiz minha escolha: Sou de Jesus.”

Cantar: “Sou de Jesus”

Oração