FILHA PRÓDIGA

 

AUTORES: Christiano Coelho, Dayse Oliveira, Éder Oliveira

 

IGREJA: Primavera do Leste – MT

 

Esta encenação conta a parábola do filho pródigo numa versão nova, cujo ponto alto é a interação da igreja no final da história, onde, no desfecho, todos se tornam figurantes sem saber.

 

Cena 1

 

Começa com uma jovem falando aparentemente sozinha, mas se referindo a um pai imaginário, que seria Deus.

 

Laura – Olhe, Pai. Estive pensando e resolvi tomar um novo rumo. Estou cheia, não agüento mais esse pode e não pode. É sempre a mesma coisa: regras daqui, regras dali. Tudo muito ultrapassado. Decidi deixar de ser esta careta e brega. A partir de agora vou me vestir, me portar como o mundo moderno exige.

 

Neste momento, ela pega o telefone e liga para alguém da igreja, o diretor dos jovens, por exemplo.

 

Laura – Alô César, eu to ligando pra dizer que não vou participar do programa de Sábado na igreja.

 

César – Mas por que, Laura?

 

Laura – É que eu to saindo de férias com alguns amigos. Vou passar o resto do mês fora.

 

César – Posso saber onde vocês vão?

 

Laura – Sei lá, por aí. Talvez pro litoral.

 

César – Você sabe o que acontece nestes lugares nesta época do ano, não é? Será que vale a pena ir mesmo?

 

Laura – Olha, César. Você vai me desculpar, mas eu não to afim de ouvir sermão, já pensei bem e estou indo.

 

César – Você é quem sabe, Laura. Vou orar por você.

 

Laura – Tá legal. Tchau!

 

 

Cena 2

 

Laura com alguns amigos sentada numa calçada se divertindo.

 

Laura – Gente, isso aqui tá muito legal. Nunca vi tanta animação. E aí, o que é que a gente vai fazer agora?

 

Amigo – Sei não. A gente tá sem grana e não vai dar pra inventar nada.

 

Laura – Que isso, cara. Pode deixar comigo. Eu to com meu cartão de crédito disponível. Vamos lá naquele clube bacana que tem por ali. É tudo por minha conta.

 

Amigo – Valeu, Laura. Vamos lá.

 

Os amigos comemoram e saem em bando.

 

Cena 3

 

Todos estão bebendo e se divertindo, quando Laura se afasta por um estante do grupo, meio entristecida.

 

Laura – O que é isso tudo? Parece tudo tão vazio.

 

 

De repente vem uma amiga e lhe pede.

 

Amiga – Aê Laura, tá acabando a bebida. Libere o cartão pra buscar mais.

 

Laura – Toma. Mas vê se manera, tá legal?

 

Amiga – Eu, hein? Vai dar uma de pão-dura agora, é? To indo buscar. (ela sai)

 

Laura – Q quê eu to fazendo aqui, não foi essa a minha criação. Será que isso vale a pena mesmo?

 

Laura fica pensativa.

 

Cena 4

 

Laura, depois de Ter perdido seu dinheiro em festas e coisas fúteis, procura os amigos.

 

 

Laura – (No banco 24 horas) – Saldo esgotado! E agora o que é que eu vou fazer? Já sei!

 

Pega o celular e liga pra um dos amigos:

 

Laura – Alô! Bruno, e aí?… É a Laura. Escuta, cara, eu tava precisando de um apoio. É, sujou! Eu queria que você me arranjasse uma grana pra eu resolver umas coisas… O quê? Não vai dar? Como? Por que? Mas eu to precisando!

 

É!! Então, ta! Valeu. Tchau!

 

 

Vai até a casa de uma amiga e toca o interfone:

 

Bel: Quem é!

 

Laura – Oi, Bel, é a Laura!

 

Bel – Que Laura?

 

Laura – Eu, a Laura, da Praia! Eu precisava falar com você. To precisando de ajuda.

 

Bel – Não conheço nenhuma Laura de nenhuma praia! Tchau!

 

Ela fica perplexa, quando de repente passa um amigo de bagunça:

 

Laura – Mário, que bom te encontrar! Eu tava pensando… ( Ele passa por ela fingindo que não a conhece ).

 

Laura, cansada e faminta ouve um anuncio de emprego pelo rádio.

 

 

Radio – …E atenção, a Fazenda Boas Novas está contratando homens e mulheres solteiros, para a temporada de corte de cana. Bom pagamento pela empreitada. Os interessados devem procurar o escritório da fazenda.

 

Ela vai até a porta do Escritório, confere o endereço, e entra.

 

Cena 5

 

Neste momento, está ocorrendo o culto na igreja de Laura. O pregador é o amigo, diretor dos jovens. Ela entra, sem que ninguém perceba e se senta no último banco.

 

(A pessoa que faz o pregador, neste momento, fará o encerramento do programa JA, com uma mensagem da Bíblia, tipo o perdão de Deus. No final, durante a mensagem, reconhece no último banco a Laura, vai até ela, a abraça, dá boas vindas, com muito carinho e diz que está feliz por vê-la. A leva para frente, dá um testemunho da felicidade que sente por vê-la de novo em casa, todos cantam um hino(Vaso novo, por exemplo) e se faz a oração final.

 

Alexander Rangel – Dir. J.A de São João de Meriti – RJ

Fonte: Central de diretores JA

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