Mães de líderes

Introdução 
Através dos séculos os grandes homens da história têm se levantado para realizar a obra que tinham diante de si; desta forma influenciaram a história e em certos casos até mesmo mudaram seu curso. Qual foi o segredo de seu êxito? De que forma captaram a visão que os levou ao heroísmo e à liderança das nações? 
Esta citação tem a resposta: “O dia de Deus revelará quanto deve o mundo às mães piedosas pelos homens que defenderam resolutamente a verdade e as reformas; homens que foram audazes para obrar e avançar, que permaneceram indómitos entre provas e tentações; homens que, antes que as honras mundanas ou a própria vida, preferiram os altos e 
santos interesses da verdade e da glória de Deus” (0 Lar Adventista). 
Disse acertadamente alguém: “Se houvessem mais Anas, haveria mais Samuéis”. 
Os jovens de hoje são os fundadores dos lares de amanhã. Outra citação inspirada nos diz: “Na formação do caráter, nenhuma influência vale tanto como a influência do lar” (Educação). 
A seguir estudaremos a vida cotidiana de alguns do líderes de Deus. E não há melhor forma do que observar as mães desses homens. Esperamos que esse estudo nos ajude e inspire a conseguir o êxito que buscamos. 

A Mãe de Moisés 
(As mães se apresentam, é feita a entrevista e depois elas começam suas falas.) 
Meu nome é Joquebede. Nasci no Egito, na tribo de Levi. Meus pais eram escravos, mas desde que eu era criança, eles me ensinaram as promessas da libertação que Deus nos daria. 
Meus pais criam firmemente que o tempo de nossa libertação se aproximava. Não tínhamos livros para ler, mas freqüentemente escutei os anciãos citarem as promessas feitas a nosso pai Abraão: “Fique sabendo, com certeza, que os seus descendentes viverão num país estrangeiro; ali serão escravos e serão maltratados durante quatrocentos anos. Depois de quatro gerações, os seus descendentes 
voltarão para cá” (Gênesis 15: 13,16). 
Essa era nossa segurança e nossa esperança. 
Quando tornei-me mocinha, casei-me com Anrão. Ele também era da tribo de Levi e cria nas promessas de Deus. Formamos nosso lar resolvidos a ser fiéis a Deus. Quando nossos primeiros filhos nasceram, Miriam e Arão, ensinamos-lhes cuidadosamente tudo o que sabíamos sobre as promessas de Deus. Era uma época muito difícil; precisávamos 
trabalhar duro; as horas se passavam lentamente e nosso alimento satisfazia apenas nossas necessidades básicas. 
Miriam cuidava de Arão a maior parte do tempo. Sua doce voz nos confortava enquanto cantava as promessas de Deus e ensinava o irmãozinho a orar. 
Os egípcios então começaram a se preocupar conosco, e pensavam: “Os filhos de Abraão – era assim que eles nos chamavam – podem unir-se,rebelar-se e não serão mais nossos escravos”. O trabalho duro e contínuo e a dieta limitada, nos haviam tornado fortes, e éramos mais numerosos que os egípcios. Então o Faraó lançou um decreto segundo o 
qual todos os meninos dos hebreus deviam ser lançados no rio Nilo. 
Arão tinha três anos de idade quando tivemos um outro filho. 
Estávamos muito preocupados; no entanto, acreditamos nas promessas de Deus e mais uma vez nos perguntamos se este menino não seria o nosso libertador. Conseguimos escondê-lo por três meses. Miriam gastou muitas horas de dia e de noite cuidando de seu irmãozinho, e mesmo Arão vigiava para que nenhum espia egípcio escutasse o I bebê e o levasse. 
Vivíamos em constante temor, mas aprendemos a orar confiar 
verdadeiramente em Deus. Vocês já sabem o resto da história que começa quando fizemos uma cesta de junco e pusemos nela o pequeno bebê. Então a princesa o achou e o adotou, chamando-o de Moisés. Depois ela me pagou para que cuidasse dele até que tivesse 12 anos e então o levou para morar no palácio. Como são maravilhosas as providências divinas! Com o salário que a princesa me pagava eu não precisei mais trabalhar, e pude dedicar-me inteiramente a ensinar meu filho Moisés tudo sobre o Deus vivo. 
Agora desejo dar a todas as mães jovens um conselho: “Estudem bem as promessas de Deus, e orem fervorosamente para crer nelas. Recordem sempre: é parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta à oração 
feita com fé, o que não nos daria se não lhe pedíssemos assim”(O Grande Conflito). 
Deus nunca falhará, não importa quão desesperadora seja nossa situação. 

A Mãe de Samuel 
Pergunta: Como é seu nome? Resposta: Ana. 
P: Onde você morava? 
R: Em um povoado ao norte de onde Jerusalém foi construída depois. 
P: O que você pode nos dizer sobre sua infância R: Tínhamos uma vida tranqüila em nosso lar nas montanhas. A ocasião mais extraordinária era nossa viagem anual a Silo, para adorar e sacrificar, tal como Deus nos havia ensinado através de seus mensageiros. 
. Por que Silo? Onde ficava essa cidade? 
R: Silo estava situada ao norte de Jerusalém. Em nossos dias ali se encontrava o tabernáculo do Senhor. A cada outono era celebrada a Festa dos Tabernáculos. Era uma festa que guardávamos religiosamente. 
P: Você tem alguma recordação especial 
dessas peregrinações? 
R: Sim. Lembro-me das orações especiais que fiz ao Senhor pedindo um filho. Eu orava constantemente ao Senhor. 
No tabernáculo, um lugar sagrado, eu me consagrei totalmente ao Senhor e Ele ouviu minha oração. 
P: Samuel tinha apenas 3 anos quando você o deixou com Eli em Silo, é verdade? Você não acha que foi cedo demais? 
R: Ele pertencia a Deus e a Seu serviço. Creio que sua vida e sua obra confirmam que Deus realmente tinha um plano para ele. Eu orava por ele a cada momento, era um privilégio orar por ele. E minha mensagem hoje é: Deixe que Deus faça Sua vontade através de sua vida, e em recompensa Ele realizará seus maiores sonhos. Suas promessas 
nunca falham! 

A Mãe de João Batista 
Como é seu nome e de que povo você é? 
R: Meu nome é Isabel. Morávamos nas montanhas de Judá. Meu esposo era levita e servia no templo de Jerusalém. 
P: Você tiveram um filho famoso. Conte-nos alguma coisa sobre ele. 
R: Nosso filho nos foi dado em resposta a nossas orações. A maioria do povo de Deus havia se desviado para os caminhos do mundo. Muitos sabiam que o tempo da vinda do Messias era iminente, mas poucos estavam preparados para recebê-Lo. 
; Você recebeu algum aviso antes da visita do anjo a seu marido no templo? 
R: Havíamos orado muito e estudado as profecias. Mas a presença do anjo foi uma surpresa tão grande para Zacarias que ele até se esqueceu que o anjo estava em pé, à direita do altar, e isso era uma indicação do favor divino (Lucas 1:11). 
Vocês chegaram a duvidar da bondade de Deus em algum momento? 
R: Zacarias e eu recordamos que servíamos ao mesmo Deus que havia dado bênçãos parecidas a Abraão e Sara. Consagramo-nos novamente a Ele e andamos em Seus caminhos. O que foi aparentemente uma aflição -o emudecimento de Zacarias dado como sinal (Lucas 1:18,19) – foi realmente uma recordação constante de que Deus nos havia visitado com suas ricas bênçãos. 
-O que as pessoas pensaram quando João nasceu? 
R: As pessoas estavam cheias de interesse e curiosidade. Havia incrédulos, mas o fato de /~ Zacarias não poder falar, 
silenciou muitos deles. , Quando chegou o dia de circuncidar nosso filho, o sacerdote ia chamá-lo de Zacarias, mas escreveu: “João é seu nome”. Deveriam ver as pessoas quando Zacarias começou a falar de novo. Muitos creram;outros ficaram pensativos e atônitos. Alguns buscaram novamente ao Senhor. 
; Você tem alguma mensagem especial para quem vive na época 
atual? 
R: Vocês estão esperando o Rei d

os reis. Façam uma preparação devida para recebê-Lo. 

Mãe: fundadora do Lar 
Dia das mães! Só esta frase já desperta segurança. As mudanças repentinas, os sucessos rápidos e as tensões da vida diária tendem a roubar o tempo necessário para valorizar as coisas básicas e eternas da vida. 
O lar, planejado por Deus para ser um lugar de sossego e repouso nos quais possa respirar-se uma atmosfera celestial, são, freqüentemente, lugares para comer e dormir, e sair apressadamente para as diferentes 
atividades diárias. 
Os dias de festa e feriados se multiplicam, mas mesmo assim são organizados de forma que os planos individuais são absorvidos pelos planos coletivos. Como é difícil escutar a voz do Mestre: “Venham. 
Vamos sozinhos a um lugar deserto para descansar um pouco” (Marcos 6:31). 
Precisamos estar apercebidos dos enganos de Satanás para minar e destruir o propósito de Deus para seu povo. O plano perfeito de Deus exige a unidade da família como o fundamento da sociedade humana. O inimigo está atacando aberta e descaradamente este ideal máximo. 
O lar como unidade e proteção dos filhos é algo considerado fora de moda. O perigo consiste em permitir que certas coisas nos roubem o tempo e o privilégio de cultivar e fortalecer a unidade familiar. São muitos os que estão perdendo a oportunidae de planejar a vida do lar e desfrutar dela. A intranqüilidade,o resultado de estar em constante atividade e ir a diferentes lugares, de fazer diferentes coisas e ver pessoas diferentes, deixa 
pouco tempo para a vida do lar; mais ainda: torna impossível apreciar a perfeição do plano maravilhoso de Deus. 
Numa época como a de hoje, é bom celebrar o Dia das Mães, não apenas para render homenagem a quem tanto merece, mas 
também para nos determos um pouco e mergulhar 
profundamente nos poços da sabedoria e da experiência. 

Deus criou o homem para ser feliz. Nos lares formados de acordo com o plano divino, se poderá ver e experimentar a alegria e a paz celestial na medida mais completa. 
Mãe: a você o Rei do Universo confiou o maior dos talentos: a habilidade de modelar um lar dentro de quatro paredes. Segundo seus planos o lar terrenal deve ser uma preparação para o lar celestial. 
No lar, a mãe governa como rainha: “A mãe é a rainha do lar, e os filhos são seus súditos. Ela deve governar sabiamente sua casa com a dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar tem que ser suprema; sua palavra, lei. Se ela é cristã, sob a direção de Deus, conquistará o respeito de seus filhos. Dizei a vossos filhos exatamente o que se espera deles. Logo façamnos compreenderem que 
devem obedecer vossa palavra. Desta maneira estareis ensinandolhes a respeitar os mandamentos de Deus, que declaram simplesmente: `Farás ou `Não farás`. 

 

Marcelo Otto  

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